CUSTO DE PRODUÇÃO
O Imea divulgou os dados do Projeto Rentabilidade referente ao custo de produção do milho de alta tecnologia para a safra 23/24 em MT. Desse modo, o custeio do grão no estado ficou em R$ 3.391,82/ha, queda de 2,18%, quando comparado com o mês anterior (mai/23). Essa retração foi pautada pela diminuição no custo com fertilizantes e corretivos, que reduziram 4,30% ante a mai/23. Com ajuste no custeio, o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou uma retração de 1,88%, e ficou em R$ 4.622,28/ha, no comparativo mensal. Com isso, para que o produtor modal consiga cobrir o COE é necessário que comercialize o cereal a pelo menos R$ 41,02/sc. Assim, considerando o preço médio comercializado em jun/23 de R$ 31,50/sc, as cotações não cobrem mais o custo com o COE para a temporada 23/24 o que “acende um alerta” dos produtores em Mato Grosso.
Confira os destaques do Boletim:
AUMENTO: o preço do milho na bolsa brasileira apresentou avanço de 4,40% no comparativo semanal e fechou em R$ 57,27/sc.
QUEDA: apesar das tensões no Mar Negro a CME-Group contrato corrente exibiu queda de 8,60% na semana, pautado pela melhora nas condições das lavouras dos EUA.
REDUÇÃO: o dólar futuro registrou recuo de 0,84% na última semana, devido às projeções do relatório de inflação e do PIB no Brasil, fechando a R$ 4,80/US$.
A colheita do milho da safra 22/23 em MT, atingiu 83,88% da área total, com avanço semanal de 15,65 p.p. até sexta-feira (21/07)
Segundo o Imea, esse percentual está atrasado 10,18 p.p. ante ao mesmo período da safra 21/22 e 1,71 p.p. na média dos últimos cinco anos. No que se refere às regiões, as que estão mais adiantadas são: norte, médio-norte, nordeste com 95,51%, 93,46% e 86,59%, respectivamente. No que tange ao rendimento das áreas colhidas, na última semana, a média no estado ficou de 115,14 sc/ha, no entanto está maior em 14,39% ante a safra passada, o que ressalta as boas condições das lavouras, segundo os informantes do Instituto. Vale destacar, que para as próximas semanas é esperado uma redução na produtividade das áreas colhidas, algo que já comum de acordo com o histórico de Imea. Por fim, é importante os produtores se atentarem ao risco de incêndio acidental, em decorrência das altas temperaturas e clima seco em todo o estado.
Fonte: Boletim semanal n° 759 – Milho – Imea