A colheita do cereal novamente ficou praticamente paralisada em razão da priorização dada pelos produtores à colheita da soja e em razão das chuvas volumosas e frequentes que ocorreram até o dia 04/05. Mesmo após a manutenção de tempo firme, a umidade do grão e a umidade do solo continuaram elevadas, impedindo o andamento dos trabalhos. Assim, o índice evolui apenas 1%, chegando a 86% dos cultivos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, a operação foi praticamente concluída. Na de Soledade, aproxima-se de 60%, e de 50% na regional de Pelotas. A produtividade estimada no Estado permanece em 3.500 kg/ha, representando perdas de 55% na projeção inicial de safra.

Os cultivos remanescentes encontram-se 11% em maturação, sendo que várias lavouras estão maduras à espera do retorno da logística de recebimento do cereal por parte de cerealistas e cooperativas com o objetivo de finalizarem a colheita. Em enchimento de grãos, estão 3% das lavouras, que apresentam aspecto geral muito bom e boa expectativa de produtividade, especialmente favorecidas pelas chuvas regulares desde fevereiro.

O fator de preocupação são as temperaturas mais amenas e a menor radiação solar, além da sequência de dias nublados, que podem retardar o desenvolvimento. No aspecto fitossanitário, apenas nesses últimos cultivos, foram realizados tratos culturais de controle das pragas, em especial da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), executando as pulverizações nos dias secos que ocorreram no final do período.

Comercialização (saca de 60 quilos) 

Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço da saca de milho teve redução de -1,45, variando de R$ 87,47 para R$ 86,20.

Milho silagem

A colheita alcançou 90% da área cultivada, prejudicada pela recorrência de chuvas na primeira metade da semana. Contudo, a partir do dia 06/05, já foram retomadas as operações de corte e ensilagem para aproveitar a turgidez das plantas e a proporção adequada de grãos na massa a ser ensilada. A produtividade estimada no levantamento aponta uma produção próxima a 18 t/ha, significando variação negativa de 52% na projeção inicial. Os piores resultados correspondem à regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, que deverá finalizar com média próxima a 10 t/ha; e os melhores estão nas regionais de Pelotas e Porto Alegre, aproximando-se de 25 t/ha.

Restam ainda 4% dos cultivos em maturação e 6% em enchimento de grãos. Estes estão em muito boas condições de desenvolvimento e de granação, que servirá para repor estoques já utilizados pelos criadores com o intuito de superar o período de vazio forrageiro estabelecido como reflexo da estiagem.

Fonte: Emater/RS – ASCAR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.