Em nov.21 foi observado um menor avanço (0,82 p.p.) na comercialização da soja para a safra 20/21, movimento comum para este período, dado a menor oferta de soja disponível no mercado (98,37% comercializado). Com isso, o produtor vem negociando para liberar espaço nos armazéns, uma vez que a colheita do grão se aproxima.
Para a safra 21/22, as vendas da soja seguem avançando de forma mais tímida, com 46,36% da produção negociada, exibindo um avanço mensal de 1,95 p.p., pautado pela cautela dos produtores nesta safra, que aguardam preços mais atrativos para travar negócios.
Para o ciclo 22/23, este indicou o maior avanço mensal nas negociações (2,19 p.p.) em relação às demais safras e, com isso, a comercialização está estimada em 6,43% da produção.
Esse movimento foi pautado pela necessidade de travar os custos de produção para a próxima safra, e, com isso, o preço médio ficou cotado a R$ 148,04/sc.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Soja cresce: o indicador Imea registrou acréscimo de 0,58% na última semana, reflexo da pouca oferta de soja disponível no estado, com o preço médio em R$ 147,49/sc.
- Queda CME: com a divulgação do relatório de oferta e demanda nos EUA, o mercado internacional exibiu alta, cotado na média a US$ 12,61/bu.
- Futuro subiu: os contratos futuros vêm demonstrando valorização na Bolsa de Chicago, com um acréscimo de 1,88% no comparativo semanal.
O Imea realizou nova estimativa para a OeD de soja em MT, trazendo crescimento nos números da safra 21/22.
No que tange à safra 20/21, a expectativa foi mantida em conformidade com o relatório anterior. Para a safra 21/22, com relação à oferta, a projeção é de um incremento na produção (+5,79%) e nos estoques iniciais, o que elevou em 5,88% o volume total ofertado da oleaginosa em MT em relação à safra 20/21 (38,18 milhões de toneladas).
No que se refere à demanda, a estimativa é de crescimento de 5,52% neste volume ante a safra anterior (38,01 milhões de toneladas). Dentre os fatores, está o incremento de 7,98% no consumo interno da soja no estado, sob influência de uma nova unidade de esmagamento, o que refletiu em uma perspectiva de consumo de 11,21 milhões de toneladas.
Para as exportações, a projeção foi incrementada em 3,77%, pautada na demanda mundial consistente pelo grão. Por fim, com a expectativa de uma maior demanda, os estoques finais indicaram redução ante o relatório do mês passado, estimados em cerca de 180 mil toneladas.
Fonte: IMEA