Segundo o USDA, a área que será colhida da safra 24/25 nos EUA está projetada em 33,23 mi de ha, 5,10% a menos que na temporada 23/24. Esse recuo na expectativa está atrelado à maior competitividade da soja ante o milho no ciclo.
Com a diminuição de área, a produção está sendo estimada em 377,46 mi de t, diminuição de 3,14% ante a safra 23/24, mas poderá ser impactada ainda mais com o fenômeno La Ninã. Assim, apesar da retração na produção e com a diminuição no consumo doméstico, os estoques finais estão 3,96% maiores que os da safra passada.
Dessa forma, os preços futuros na CME-Group estão apresentando uma “pressão”, devido à perspectiva maior da disponibilidade de cereal no mercado. Com isso, a cotação do milho na última semana (10/06 a 14/06) na bolsa fechou na média de US$ 4,93/bu no contrato jul/25, 7,47% menor quando comparado com o mesmo período do ano passado.
ACRÉSCIMO: puxado pela alta do dólar, o preço do milho disponível chegou a R$ 37,86/sc, aumento de 4,05% ante a última semana.
VALORIZAÇÃO: a paridade de exportação jul/24 apresentou incremento de 9,77% na última semana, motivado pela valorização do prêmio portuário de Santos.
ALTA: a moeda norte-americana fechou em R$ 5,38/US$ na semana passada, valorização de 1,80% no comparativo semanal.
Com a colheita a todo “vapor” em MT as atenções se voltam para a armazenagem no estado
De acordo com a Conab, a capacidade estática para a safra 23/24 está em 49,94 mi de t, aumento de 7,92% em relação à safra 22/23. Quando analisada a estimativa de produção, é esperado que o estado produza 84,90 mi de t de grãos no ciclo 23/24, 12,68% a menos que na temporada passada.
Com isso, o déficit de armazenagem está projetado em 34,96 mi de t, com redução de 32,98% ante o ciclo passado. Apesar da diminuição, o estado ainda apresenta uma grande deficiência. Para se ter uma ideia, mesmo com o avanço da comercialização da temporada 23/24 da soja no último mês (mai/24), as vendas do milho estão atrasadas em 7,22 p.p. ante o mesmo período do ciclo 22/23, o que pode indicar um volume maior estocado.
Por fim, apesar dos investimentos com silos bags observados nas últimas duas safras, o cenário reforça a dificuldade dos produtores com a armazenagem em MT.
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Fonte: IMEA