O início das chuvas está mais atrasado neste ano em MT e, com isso, a maior parte dos produtores deve aguardar as primeiras precipitações para começar a semeadura da cultura. Essa condição também está sendo considerada por agricultores que cultivam algodão segunda safra (os quais costumam semear parte da soja “no pó”).

Uma das justificativas é que o acumulado de chuva em 2020 foi menor que o dos últimos anos, o que deixou o solo com pouquíssima umidade até aqui. Porém, vem chuva por aí: as previsões para os próximos 5 dias indicam volumes acima de 12,00 mm na média do estado (TempoCampo), o que, se confirmado, ficará próximo do registrado em set/19.

Para quem não lembra, em decorrência dos menores volumes em set/19, a semeadura da temporada 19/20 iniciou com atraso, porém não é somente isso que define o sucesso da safra, tanto é que neste período os produtores colheram uma produção recorde.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O Indicador Imea-MT fechou mais uma semana com as cotações em alta (1,45%). Um dos motivos foi a grande procura pela soja no estado, que ficou cotada a R$ 129,82/sc na média semanal.

• O combinado entre as compras chinesas e as preocupações com o clima nos EUA fizeram com que as cotações na CME-Group corrente superassem os US$ 10,00/bu, uma alta de 3,35% na comparação semanal.



• A manutenção da taxa de juros pelo FED e a decisão do BC de sustentar a Selic em 2,00% deram força para o real. Com isso, a moeda norte-americana apresentou uma queda de 0,84% na média semanal.

• Com o cenário atual de valorização dos subprodutos da soja, a relação Soja/farelo e óleo registrou aumento de 15,78% na última semana, ficando em média a R$ 445,45/t

Custo em Alta:

o Imea modificou a forma de divulgação dos dados de custo de produção (confira aqui). Com isso, a nova estimativa referente à safra 20/21 demonstrou uma alta no Custo Operacional Efetivo (COE) de 0,50% ante a último mês.

Os defensivos tiveram aumento de 0,81%, e os fertilizantes e corretivos, de 0,35%. Este aumento nos insumos está atrelado à valorização do dólar no período, que fechou o mês de agosto com média de R$ 5,46/U$S (alta de 3,43% em relação ao mês anterior). Além disso, com a valorização da saca de soja no estado, a expectativa dos custos com arrendamento também ficou mais cara para os produtores de Mato Grosso (2,08%).

Como faltam poucos insumos para serem adquiridos pelo agricultor, o custo de produção está próximo da consolidação, e já indica um ponto de equilíbrio para o sojicultor de R$ 55,08/sc (COE/produtividade esperada), o equivalente a R$ 1,60/sc acima ao da safra anterior.

Fonte: Imea

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