Com exceção da região Sul, a qual registrou maiores volumes de chuvas durante o mês de Setembro, o restante do Brasil foi marcado por baixas precipitações nos últimos dois meses, afetando a disponibilidade hídrica do solo e as culturas no campo.
Com relação as condições hídricas do solo, nos últimos dois meses, com exceção do Sul, a grande maioria do Brasil apresentava condições críticas de armazenamento de água no solo. Infelizmente para a primeira quinzena de Outubro, os modelos climatológicos indicam que não há melhora substancial nas condições de armazenamento de água no solo para a grande maioria do país.
O baixo volume previsto de chuvas, pode afetar o estabelecimento das culturas de verão, prejudicando a semeadura em diversas regiões do Brasil. Com base nas projeções, em função do baixo volume de água armazenado no solo, a semeadura das culturas de verão não deve ocorrer durante a primeira quinzena de Outubro, especialmente nas regiões mais afetadas, como Centro-Oeste e Sudeste.
Figura 1. Projeção do volume armazenado de água para os primeiros 15 dias de Outubro.
Com base nos aspectos observados e nos prognósticos previstos para os primeiros 15 dias de Outubro, o professor e pesquisador Fábio Marin, destaca que, mesmo com a ocorrência de chuvas em durante esse período, a melhoria das condições hídricas do solo pode não ser suficiente para garantir um bom estabelecimento da lavoura nas regiões mais afetadas pela seca.
Figura 2. Projeção do volume acumulado de chuvas para os primeiros 15 dias de Outubro.
Embora com menor assertividade, em um panorama geral para o mês de Outubro, as condições climáticas previstas indicam a ocorrência de chuvas abaixo da média para a maioria das regiões produtoras do país, reforçando a ideia de que, a semeadura da soja seja realizada apenas após a segunda quinzena de Outubro nas regiões mais afetadas pelo déficit hídrico. No entanto, no Sul do Brasil, as condições hídricas mais favoráveis possibilitam a semeadura das culturas de verão ainda no início de Outubro.
Confira as atualizações climáticas trazidas pelo professor e pesquisador Fábio Marin em mais um Boletim do Sistema Tempocampo.
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