Enquanto fatores estruturais impõem obstáculos, o mercado brasileiro de arroz permanece sob pressão, sem força para manter os preços sustentados. A afirmação é do consultor e analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

O consumo interno permanece estagnado, sem apresentar sinais de retomada consistente. “Ao mesmo tempo, as exportações continuam abaixo do necessário para compensar o elevado volume ofertado no mercado doméstico”, explica o consultor.

A cadeia produtiva, por sua vez, opera sob margens comprimidas, pressionada pelos custos crescentes de produção, armazenagem e logística. “Apesar desses entraves, a produtividade média segue elevada, com avanços tecnológicos que permitem alcançar patamares próximos ou superiores a 10 toneladas por hectare em diversas regiões produtoras, o que tende a manter a oferta elevada”, frisa o analista.

“A pressão de venda tende a aumentar nas próximas semanas, com a proximidade do vencimento das obrigações de custeio da safra 2024/25, o que pode intensificar a liquidez no mercado físico e contribuir para ajustes negativos”, projeta Oliveira. Para ele, a continuidade desse cenário depende da evolução das exportações nos próximos meses e da capacidade de gestão de estoques por parte dos produtores e das indústrias.

A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (22) em R$ 75,54, queda de 1,14% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 2,06%. Em relação a 2024, a desvalorização atingiu 36,83%.

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Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News



 

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Autor:Rodrigo Ramos / Agência Safras News

Site: Safras & Mercado

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