O mercado brasileiro de milho deve manter uma movimentação de negócios bastante limitada. Os consumidores estão cautelosos nas aquisições, observando a forte alta do dólar frente ao real e as preocupações com o clima para a safrinha. Já os vendedores seguram as ofertas, mantendo as cotações firmes no país. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago tenta se firmar no território positivo, após recuar mais cedo.
Chicago
A posição julho opera com alta de 0,25 centavo, ou 0,07%, cotada a US$ 3,18 1/2 por bushel.
O mercado tenta reagir frente às perdas registradas mais cedo, diante do bom desempenho das vendas líquidas semanais norte-americanas de milho.
A tensão comercial entre Estados Unidos e China e as preocupações com o cenário ruim para a economia global por conta do coronavírus, porém, seguem pesando e mantendo um sentimento de aversão ao risco entre os investidores, limitando os ganhos.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2019/20, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 1.073.200 toneladas na semana encerrada em 7 de maio. Representa uma alta de 39% frente à semana anterior e uma elevação de 14% sobre à média das últimas quatro semanas. A China liderou as compras, com 371.000 toneladas.
Para a temporada 2020/21, foram mais 554.500 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 800 mil e 2,100 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Ontem (13), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 3,18 1/4, com baixa de 4,00 centavos, ou 1,24%, em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial registra alta de 0,52% a R$ 5,9350.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -0,96%. Tóquio, -1,74%.
- As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -2,18%; Frankfurt, -2,15%; Londres, -2,77%.
- O petróleo opera com ganhos. Junho do WTI em NY: US$ 25,92 o barril (+2,49%).
- O Dollar Index registra alta de 0,21%, a 100,461 pontos.
Mercado
O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes, de estáveis a mais altos, nesta quarta-feira. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o dólar em constante elevação garantiu sustentação às cotações, dando suporte às cotações nos portos e também no físico.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 50,50 e R$ 52,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 50,00 e R$ 52,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 48,00/49,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 50,00/51,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 53,00/53,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 47,00/48,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 46,00/47,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 42,50 – R$ 44,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/42,00 a saca em Rondonópolis.
Fonte: Agência SAFRAS