Com o encerramento da colheita de milho da safra 2019/20, os transportes aos portos para exportação aumentaram nos últimos meses em Mato Grosso. No acumulado de jan-jul, foram embarcados 4,44 milhões de toneladas de cereal pelo estado.
Assim, o Imea analisa que com o cenário logístico mais oportuno decorrente das melhoras nas rodovias da região norte do país recentemente, as exportações pelo Arco Norte atingiram no mesmo período, um total de 2,23 milhões de toneladas do grão, volume que representou 50,13% das cargas exportadas pelo estado.
Deste modo, foi possível observar que houve uma ampliação na competição da logística dos grãos com o Arco Sul, que pela primeira vez na série histórica apresentou resultado inferior ao Arco Norte, exportando 2,22 milhões de toneladas ou 49,87% dos grãos destinados aos portos.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• A cotação do milho manteve alta como na última semana e encerrou cotado à média de R$ 43,92/sc, valor que representou uma elevação de 5,81% em relação à semana passada.
• No mercado internacional, as preocupações com as qualidades das lavouras sustentaram os preços em Chicago. Assim, o contrato corrente na CME fechou em alta de 4,21% no comparativo semanal.
• Com o mercado do milho em alta, a paridade exportação (jul/21) apresentou elevação e ficou cotada à média de R$ 25,69/sc.
• No porto de Santos, o prêmio foi elevado 13,88% na comparação com a semana passada, apontando a melhora da demanda do cereal para exportação.
Precisando de chuva:
A semeadura da safra 20/21 de milho nos Estados Unidos tem caminhado por períodos de incertezas nos rendimentos e, consequentemente, na produção. No início da safra, o USDA tinha expectativa de produção recorde, refletindo a melhora da qualidade das lavouras em comparação com a safra passada.
Em junho/20 as estimativas de boas/excelentes atingiram 75% das áreas de milho e a produção apontava 406 milhões de toneladas. No entanto, a redução da área semeada pelos produtores e as previsões climáticas menos favoráveis para alguns estados influenciaram na queda da produção ao longo dos relatórios mensais.
Além destes fatores, a tempestade derecho, que atingiu as lavouras, provocou a redução da qualidade em alguns estados, como o Iowa, principal produtor do país, que teve estimativa de 45% boas/excelentes. Com isso, a safra 20/21 fica atrás da média de cinco anos e coloca no radar do mercado as previsões de seca para o Corn Belt, nas próximas semanas.
Fonte: Imea