QUEDA NO PREÇO DO MILHO

O preço do milho na B3 apresentou recuo de 13,23% na média do comparativo de abr. 23 ante a mar. 23 (até o dia 20), pautado, principalmente, por conta das boas perspectivas para a 2° safra no país, além do atraso na comercialização do cereal. Em MT, o cenário é parecido com o nacional, o preço disponível já recuou 8,99% e ficou cotado na média de R$ 53,52/sc no mesmo comparativo mensal, para se ter uma ideia, o preço do cereal em MT chegou a patamares de setembro de 2020. Dessa forma, para os próximos meses os olhares se voltam para a produtividade, que ainda está incerta no estado. Além disso, a produção para a safra 22/23 ainda têm em média 66,26% para ser comercializada e com a queda expressiva nas cotações do milho, tanto disponível quanto futuro, será um ponto de atenção a margem de rentabilidade do produtor para esse ciclo.

Confira os destaques do Boletim:

CEPEA: seguindo o cenário de desvalorização da bolsa brasileira, o preço Cepea-Campinas recuou 5,81% na última semana e fechou em R$ 73,14/sc.

ALTA: a CME–Group contrato corrente apresentou acréscimo de 2,16% no comparativo semanal e com isso fechou a semana cotada a US$ 6,70/bu.

AUMENTO: a paridade do contrato julho/23 apresentou uma alta de 0,07% ante a semana passada, devido à valorização na CME-Group e do dólar.

Com a perspectiva de uma safra recorde de grãos em Mato Grosso, a capacidade de armazenagem volta a ser um ponto de atenção

Segundo os dados da Conab, a capacidade de armazenagem de grãos para a safra 22/23 está em 44,78 milhões de toneladas, aumento de 8,80% ante o ciclo 21/22. Apesar dessa alta, a produção de soja e milho nesta safra cresceu 7,15% quando comparada com a safra passada, ficando em 90,73 mi de t. Em função disso, o déficit de armazenagem está projetado em 64,09 milhões de toneladas, considerando a recomendação da FAO¹. Ainda, vale destacar que a comercialização do milho e da soja desta temporada está atrasada em 20,78 p.p. e 8,01 p.p. ante a safra passada, respectivamente, o que pode indicar um volume maior de grãos estocados. Dessa forma, o cenário reforça a dificuldade de armazenagem dos produtores mato-grossenses, algo que já é comum na colheita do milho, no entanto, para a safra 22/23 a perspectiva é que o volume seja ainda maior.

Fonte: Boletim semanal n° 746 – Milho – IMEA



DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.