Com pouca procura por parte da indústria, o preço do arroz no mercado brasileiro voltou a mostrar fraqueza ao final da primeira quinzena de janeiro. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou a quinta-feira (14) cotada a R$ 90,80, com quedas de 3,04% em relação à semana passada e de 6,82% ante o mês anterior. Mas ainda há alta de 85,95% quando comparada ao mesmo período do ano passado.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, o mercado manteve o ritmo lento de negociações, com os compradores retraídos, realizando apenas compras pontuais. “Em compasso de espera pela colheita da safra nova”, pondera.

Em relação à safra nova, a confirmação do “la nina” – o terceiro mais intenso das duas últimas duas décadas – deve garantir que os meses finais das lavouras recebam pouca chuva. “A escassez hídrica foi, justamente, a principal preocupação dos produtores durante a formação das lavouras”, lembra Viana. E, apesar de ter voltado a chover mais frequentemente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina (onde colhe-se mais de 80% do arroz do país), ainda há risco de estiagens regionalizadas a partir de fevereiro.

Segundo a Emater, a predominância de tempo firme, com elevadas temperaturas e dias ensolarados, e a disponibilidade de água via irrigação contribuem para o desenvolvimento do arroz no Rio Grande do Sul. No entanto, a ocorrência de chuvas esparsas e de baixo volume no estado tem acarretado em menor capacidade de recarga dos níveis de água dos mananciais. Até o momento, 6% das plantas estão em fase de enchimento de grãos, 21% em floração e 73% em desenvolvimento vegetativo. O desenvolvimento está próximo da média dos últimos anos.

Fonte: Agência SAFRAS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.