Após uma melhora no ritmo dos negócios na sexta, o mercado brasileiro de soja deve ter um dia mais calmo e com preços em retração. Os contratos futuros em Chicago realizam lucros e o dólar comercial opera perto da estabilidade. Os agentes seguem de olho no avanço da colheita.

O mercado registrou melhora no ritmo de negócios na sexta-feira. A valorização de Chicago contribuiu com a elevação dos preços no Brasil, o que incentivou uma maior movimentação. Na semana, o registro de negócios também foi considerado bom.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 169,00. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 168,00. No Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 175,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 164,00 para R$ 165,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 170,00 para R$ 171,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca valorizou de R$ 154,00 para R$ 155,00. Em Dourados (MS), a cotação ficou estável em R$ 156,00. Em Rio Verde (GO), a saca valorizou de R$ 150,00 para R$ 150,50.

COMERCIALIZAÇÃO

A comercialização da safra 2022/23 de soja do Brasil envolve 35,4% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 3 de março. No relatório anterior, com dados de 3 de fevereiro, o número era de 30,5%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 48,5% e a média de cinco anos para o período é de 51,7%. Levando-se em conta uma safra estimada em 152,43 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 53,92 milhões de toneladas.

As vendas antecipadas da safra 2023/24 já iniciaram. Levando-se em conta uma safra hipotética de 152,43 milhões de toneladas (repetindo o número da atual produção), SAFRAS projeta uma comercialização antecipada de 1,6%, envolvendo 2,36 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 7,1% e a média para o período é de 10,6%.

PRODUÇÃO

A produção brasileira de soja em 2022/23 deverá totalizar 152,43 milhões de toneladas, com elevação de 18,6% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 128,5 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. Se confirmada, será a maior safra da história.

Em janeiro, quando foi divulgado o relatório anterior, a projeção era de 153,37 milhões de toneladas. A retração sobre a estimativa anterior é de 0,61%.

CHICAGO

* Os contratos da soja com vencimento em maio operam com baixa de 0,42% a US$ 15,12 ¼ por bushel.

* O mercado embolsa parte dos lucros das últimas três sessões.

* A colheita da produção recorde no Brasil e a possibilidade de safra cheia para os Estrados Unidos atuam como fatores de pressão.

* Já o clima seco na Argentina limita o ímpeto vendedor.

PRÊMIOS

* Os preços FOB da soja subiram nas operações da sexta-feira no mercado brasileiro, sustentados pela alta dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Em um dia mais ativo, principalmente para abril e maio, os prêmios cederam, reflexo do avanço da colheita e do aumento dos negócios no mercado físico.

* Os prêmios de exportação da soja estavam em -9 a -4 sobre Chicago no final da sexta no Porto de Paranaguá, para março. Para abril, o prêmio era de -7 a -5. Para maio de 2023, o prêmio estava em 0 a 2 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

* O preço FOB (flat price) para março ficou entre US$ 559,10 e US$ 560,90 a tonelada na sexta-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 556,60 e R$ 560,20.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,01%, cotado a R$ 5,200. O Dollar Index sobe 0,1% a 104,62 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,19%; Tóquio, +1,11%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, -0,02%; Frankfurt, +0,17%; Londres, -0,6%.

* O petróleo registra perdas. O WTI para abril recua 1,43% para R$ 78,54 o barril.

Fonte: Agência Safras



 

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