A competição entre plantas daninhas e cultivadas por água, radiação solar e nutrientes do solo é um dos principais fatores responsáveis pela redução da produtividade de culturas como a soja. Além disso, algumas plantas daninhas podem exercer papel de “ponte verde”, contribuindo para a sobrevivência de pragas e doenças que acometem culturas agrícolas.
Sendo assim, o controle eficiente dessas plantas daninhas é fundamental para reduzir perdas produtivas. Visando um controle e manejo eficiente, é preciso integrar certas práticas de manejo que de forma conjunta, atuando direta e indiretamente no controle de plantas daninhas.
Uma das principais ferramentas para o manejo integrado de plantas daninhas é a cobertura do solo, ou mais especificamente, a palhada na superfície do solo. Além de contribuir para a redução do impacto da gota da chuva no solo, possibilitando a redução das erosões superficiais, a boa cobertura do solo com palhada de culturas antecessoras ou plantas de cobertura atua no controle de plantas daninhas.
Cientificamente é comprovado que para que algumas espécies de plantas daninhas germinem, é necessária a incidência de luz nas sementes. Sementes com essa característica são conhecidas como fotoblásticas positivas. Embora algumas dessas espécies ainda possam germinar sob boas condições te temperatura e umidade, a maior parte das sementes consideradas fotoblásticas positivas não germinam na ausência de luz.
Dessa forma, a boa cobertura do solo tende a limitar/restringir a chegada de luz no solo, prejudicando a germinação das sementes fotoblásticas positivas presentes no banco de sementes do solo, reduzindo significativamente os fluxos de emergência das plantas daninhas, podendo inclusive reduzir a necessidade de controle químico.
Confira o vídeo abaixo com as dicas do professor e Pesquisador Leandro Albrecht.