O que está acontecendo no mercado de grãos no Brasil (e só no Brasil, na Argentina, não; nos EUA também não) é um grande sonho, provocado por uma bolha, chamada coronavírus. Ela ainda está inflando, mas chegará em um ponto em que não terá mais como expandir e estourará.
Para os agricultores o coronavírus caiu do céu. Abalou as economias mundiais, fez todo mundo se refugiar no dólar, cuja cotação subiu astronomicamente para níveis inimagináveis, no Brasil. Como o preço da soja é composto em pelo menos 35% pela moeda americana, os seus preços embarcaram no foguete e também subiram a níveis que ninguém esperava.
E, com eles, os lucros. Sim, os lucros, porque, se é verdade que os preços de alguns insumos também são cotados em dólar, também é verdade que muitos deles são baseados nos preços do petróleo que, por sua vez, caíram aos menores níveis dos últimos 10 anos. Então, o que pode ter subido em dólar, caiu no preço-base, a favor, também do agricultor brasileiro.
Diante disto, o que há para fazer?
Os lucros já ultrapassam 36%. Então, aproveitar, apenas isto. E não apostar, como num cassino. O mercado de soja não é um cassino. É imprevisível e excitante, como um cassino, mas não é um cassino. Num cassino você conta exclusivamente coma sorte. Nos mercados de commodities há regras, caminhos e procedimentos que, se conhecidos e seguidos, podem levar a bom termo, com alguma segurança. Não existe segurança plena para quem escala o Everest.
Muitos tentam, alguns caem e morrem, a maioria desiste e somente alguns poucos, que se prepararam adequadamente, chegam no topo. Todos poderiam chegar, se tivessem tomado os cuidados e feito a preparação dos vencedores. Assim, também, é o mercado de soja.
Todos os dias há sinais. Saber lê-los e interpretá-los é o segredo.
Já recomendamos aqui, várias vezes, que fossem aproveitadas as boas chances que o mercado oferecia. Quem seguiu nossos conselhos fez uma excelente média até o momento e deve fechar o ano com bom lucro.
Fonte: T&F Agroeconômica