O milho é uma das principais culturas envolvidas no sistema de produção de grãos, desempenhando importante papel na rotação de culturas com a soja. Entretanto, além de contribuir para a sustentabilidade da lavoura, o milho também desempenha importante papel econômico, portanto, é necessário que o cultivo do milho também seja lucrativo, contribuindo para a receita da propriedade.

Uma série de fatores podem reduzir a produtividade e qualidade do milho produzido ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultura, sendo necessário, adotar estratégias de manejo que possibilitem mitigar esses danos, principalmente com relação a produtividade. Contudo, embora todas as medidas necessárias de manejo sejam adotadas ao longo do desenvolvimento do milho, definir o momento de colheita também é fundamental reduzir perdas, principalmente com relação ao teor de umidade, acúmulo de matéria seca e deterioração dos grãos.

Durante as diferentes fases do desenvolvimento do milho no período reprodutivo, ocorre um crescente acúmulo de matéria seca nos grãos, sendo essencial realizar a colheita após o máximo acúmulo para reduzir perdas. A colheita do milho em período inadequados, principalmente anteriores ao máximo acúmulo de matéria seca, pode implicar em redução da produtividade da cultura quando o objetivo é a produção de grãos e não silagem.

Logo após sua formação, os grãos passam pelos estádios de grãos aquosos, grãos leitosos, grãos em massa mole e grãos em massa dura, até atingirem a maturação fisiológica, quando ocorre o máximo acúmulo de massa seca nos grãos (Eicholz et al., 2020). Esse estádio é conhecido como R6, conforme a escala de desenvolvimento do milho.



Figura 1. Espigas primárias de plantas R1 a R6. Ambos os lados, embrionário e não embrionário, são mostrados quando se tornam distinguíveis.

Visualmente, a maturação fisiológica do milho (R6) pode ser observada pela formação de uma camada preta (chalaza) na região em que os grãos estão inseridos no sabugo, característica popularmente conhecida como “ponto preto ou ponto negro” (Eicholz et al., 2020).

Figura 2. Ponto negro em milho, característica marcante da maturação fisiológica da cultura.

Foto: José Carlos Madalóz

Quando atingida a maturação fisiológica do milho, em tese já seria possível realizar a colheita da cultura, sobretudo, logo que atingida a maturação fisiológica, normalmente os grãos ainda apresentam elevada umidade (em torno de 30%). Esse ponto de colheita é ideal quando o objetivo é a produção de silagem de grão úmido, contudo, se tratando da produção de milho grão, deve-se aguardar até que a umidade dos grãos fique entre 18% e 22%.


Veja mais: Milho transgênico – a alternativa mais eficiente para os produtores



Referências:

EICHOLZ, E. D. et al. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA O CULTIVO DO MILHO E SORGO NA REGIÃO SUBTROPICAL DO BRASIL: SAFRAS 2019/20 E 2020/21. Associação Brasileira de Milho e Sorgo, 2020. Disponível em: < https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202011/23092828-informacoes-tecnicas-para-o-cultivo-do-milho-e-sorgo-na-regiao-subtropical-do-brasil-safras-2019-20-e-2020-21.pdf >, acesso em: 21/06/2023.

Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedinCanal no YouTube)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.