O estresse hídrico e seus efeitos na safra 2021/22 vem sendo tema de discussão, especialmente nas regiões Sul do Brasil, onde impactos negativos em decorrência desse fenômeno vêm sendo observados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Infelizmente, em áreas de sequeiro (onde não há irrigação), poucas são as alternativas para atenuar os efeitos do estresse hídrico, especialmente se tratando de casos mais severos, onde há um grande período de estiagem.

Algumas medidas de manejo podem contribuir para o melhor crescimento e desenvolvimento da soja, mitigando os efeitos do estresse hídrico. Dentre as alternativas, Henrique Debiasi, Pesquisador da Embrapa Soja, destaca o escalonamento das épocas de semeadura, o respeito ao zoneamento agrícola e práticas de manejo do solo que permitam maior armazenamento de água no solo e maior desenvolvimento radicular da soja.

Tendo em vista que o solo é o principal meio responsável pelo armazenamento de água, investir em condições adequadas de solo para melhorar a taxa de infiltração de água é de suma importância não só para reduzir o escoamento superficial, mas também aumentar a quantidade de água infiltrada em seu perfil e consequentemente disponível para as plantas.

Solos compactados tendem a apresentar baixa taxa de infiltração de água, prejudicando a capitação e armazenamento de água, além de restringir o crescimento do sistema radicular das plantas. Plantas sem limitações ao crescimento e desenvolvimento do sistema radicular tendem a apresentar maior volume de raízes e consequentemente explorar maior volume de solo, água e nutrientes.



Em conjunto a essas ações, a boa cobertura do solo com palhada residual de culturas antecessoras tende a reduzir a amplitude térmica do solo, reduzindo também a evaporação de água do solo e consequentemente perda de água para a atmosfera. O escalonamento das épocas de semeadura, seguindo as orientações do zoneamento agrícola de risco climáticos, assim como o uso de cultivares com maior tolerância ao estresse hídrico também são valiosas ferramentas para mitigar o efeito do estresse hídrico.

Cabe destacar que essas ações tem efeito preventivo e não curativo, sendo assim, embora possam contribuir significativamente para a redução dos efeitos do estresse hídrico em soja, em casos mais extremos, em que se tem grandes períodos de estiagem e elevado déficit hídrico, essas medidas podem não ser suficientes para garantir o bom crescimento e desenvolvimento da soja.


Veja mais: Investir no sistema radicular é reduzir riscos


Confira o vídeo abaixo com as dicas e contribuições do pesquisador da Embrapa Soja, Henrique Debiasi.


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