Composição bromatológica de órgãos da soja e sua influência no desempenho biológico de Helicoverpa armigera

Autores: Francis J. R. Fiorentin¹; Crislaine S. Suzana²; Maiara Fiorentin¹; Raquel Damiani¹; José R. Salvadori¹

Trabalho publicado nos Anais do evento e divulgado com a autorização e inserção de informações dos autores

Introdução

A performance biológica de um inseto fitófago e, em consequência, o crescimento populacional da espécie, depende da qualidade do alimento ingerido, já que, características físicas e químicas das plantas hospedeiras podem modular a história de vida e a abundância de insetos herbívoros (MOREIRA, 2011).

Objetivo

Investigar se a composição bromatológica dos órgãos da planta de soja influenciam no desempenho biológico de Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae).

Metodologia

A composição de folhas novas, folhas velhas, legumes com grãos no início do desenvolvimento e legumes com grãos completamente desenvolvidos, da soja (cv. BMX Ativa RR) foi determinada através do equipamento de análise de alimentos por infravermelho (nutrientes). Determinou-se: matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA) e fibra em detergente neutro (FDN) e nutrientes digestíveis totais (NDT).

Os dados biológicos, duração do 4º instar até pupa (D4ºP), peso de pupas machos (PM), peso de pupas fêmeas (PF), duração da fase larval (DFL), duração da fase pupal (DFP), sobrevivência da fase larval (SFL) e sobrevivência da fase pupal (SFP), foram obtidos de larvas de H. armigera submetidas a diferentes regimes alimentares a partir do 4º instar.

Os regimes alimentares foram: 1. Folhas novas + folhas velhas; 2. Folhas novas + folhas velhas + legumes com grãos no início do desenvolvimento e 3. Folhas velhas + legumes com grãos no início do desenvolvimento + legumes com grãos completamente desenvolvidos. O material (órgãos da soja) utilizado foi coletado, secado em estufa a
temperatura de 50ºC até atingir peso constante e depois triturado em moinho.

Análise de dados: As variáveis de composição alimentar e de desempenho biológico foram submetidas à análise de correlação.

Resultados

Tabela 1. Coeficiente de correlação simples entre variáveis em amostras de folhas novas + folhas velhas da soja: FDA, PB, MS, FDN, NDT; e de H. armigera: D4ºP, PM, PF, DFL, DFP, SFL e SFP (Passo Fundo, RS, 2017).

Tabela 2. Coeficiente de correlação simples entre variáveis em amostras de folhas novas + folhas velhas + legumes com grãos no início do desenvolvimento, da soja: FDA, PB, MS, FDN, NDT; e de H. armigera: D4ºP, PM, PF, DFL, DFP, SFL e SFP (Passo Fundo, RS, 2017).

Tabela 3. Coeficiente de correlação simples entre variáveis em amostras de folhas velhas + legumes no início do desenvolvimento dos grãos + legumes com grãos completamente desenvolvidos, da soja: FDA, PB, MS, FDN, NDT; e de H. armigera: D4ºP, PM, PF, DFL, DFP, SFL e SFP (Passo Fundo, RS, 2017).


Confira nossa galeria de cursos TOTALMENTE ONLINE! Agregue conhecimento, faça já!


Conclusões 

As combinações alimentares influenciaram nos parâmetros biológicos em função da composição bromatológica. A maior disponibilidade de proteína refletiu-se em maior peso e
sobrevivência de pupas e em redução do período larval.

Referências bibliográficas

MOREIRA, L. F. Preferência e performance de Plutella xylostella em relação às características bromatológicas e idade foliar de brassicáceas. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2011.

Informações dos autores

¹Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Passo Fundo, 99.052 900, Passo Fundo – RS, Brasil.

²FAMV/UPF e Centro de Ensino Superior Riograndense, 99560-000, Sarandi – RS, Brasil.

Disponível em: Anais do XXVII Congresso Brasileiro de Entomologia,  2018. Gramado, RS.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.