À comunidade Agrícola,

Cumpre ao HRAC-BR através do presente comunicar que houve recente o relato de caso de resistência de espécie Amaranthus hybridus (Caruru) aos herbicidas clorimurom-etílico e glifosato, pertencente aos inibidores da ALS (Grupo 8) e inibidores da EPSPs (Grupo G), respectivamente, na página de internet internacional “www.weedscience.org” (Heap, I. The International Survey of Herbicide Resistant Weeds. Online. Internet. 22 de novembro de 2019)”.

Os estudos seguíram o preconizado nas publicações “Critérios para relato de novos casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas” e “Dez passos para relatos de novos casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil”, reconhecidos no Brasil e no Mundo, que consistiram de ensaios de curva de dose resposta aos herbicidas clorimurom-etílico e glifosato em populações F1 e F2, caracterização da espécie, e adicionalmente extração de DNA e identificação do mecanismo de resistência, pelos autores. Confirmando-se, assim, a existência de biótipo de Amaranthus hybridus  resistente aos herbicidas clorimurom-etílico e glifosato, pertencente aos inibidores da ALS (Grupo 8) e inibidores da EPSPs (Grupo G), na região de Pelotas/RS.

Ressalta-se que o Amaranthus é um gênero que possui biótipos relatados resistentes no Brasil e diferentes partes do mundo na página internacional “www.weedscience.org” a outros mecanismos de ação, tanto resistência simples quanto múltipla, ou seja, requer atenção ao uso das boas práticas agrícolas e técnicas preconizadas de manejo de plantas daninhas resistentes aos herbicidas.



Reforçamos mais uma vez a importância e a necessidade de adoção de boas práticas agrícolas recomendas,  que, dentre outras, podemos destacar:

  • Uso correto do sistema integrado de manejo de controle de plantas daninhas;
  • Adoção de sementes certificadas e nacionais, não somente de culturas como milho e soja, mas também forrageiras de inverno. Para que não ocorra introdução de plantas daninhas novas e, ou resistentes nas áreas agrícolas;
  • Limpeza dos maquinários utilizados na semeadura e colheita das áreas do Rio Grande do Sul que transitam para outras áreas, e ou outros estados, e vice versa;
  • Redobrar atenção para áreas com falha de controle, priorizando a eliminação das plantas daninhas sobreviventes, seja manual e, ou através do uso de herbicidas de mecanismos de ação alternativos, fazendo-se a adoção da rotação dos diferentes mecanismos de ação;
  • Uso correto de tecnologias de aplicação, bem como o uso de diversos mecanismos de ação para os herbicidas, em pré e pós emergência, nos corretos momentos de acordo com suas recomendações.

Esta comunicação tem como objetivo de Alertar a comunidade agrícola e reforçar a necessidade de adoção de boas práticas agrícolas recomendas, no sentido de preservar, de forma eficiente, as diferentes ferramentas para o manejo das plantas daninhas, colaborando para a sustentabilidade da agricultura brasileira.

Fonte: HRAC-BR

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