Previsão Agrometeorológica* (02/01/2023 a 09/01/2023)
N-NE: São previstas chuvas maiores que 60 mm em grande parte da região, com acumulados que podem ultrapassar 100 mm em áreas do AM, PA, AP, RO, TO, PI e Oeste da BA. No Sul do MA, Sudoeste do PI, Sul da Bahia e de SE, os volumes de chuva serão de até 50 mm. Nas demais áreas, há previsão de baixos acumulados de chuva, podendo ser menor que 30 mm. As condições serão favoráveis para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, além da conclusão dos cultivos de terceira safra.
CO: Há previsão de grandes volumes de chuva, maiores que 80 mm, e que podem ultrapassar 150 mm em grande parte de GO, Norte, Nordeste e Sudeste de MT. Em MS, ocorrerão acumulados entre 30 e 60 mm, podendo ultrapassar 80 mm em algumas áreas. As chuvas contribuirão com o armazenamento hídrico no solo e favorecerão a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos, com exceção de parte de GO, devido ao excesso de chuvas que pode prejudicar às operações de plantio e a evolução dos cultivos.
SE: Os maiores volumes de chuva deverão ser registrados em áreas do Centro-Sul de MG, Norte de SP e RJ, podendo ultrapassar os 150 mm. No Noroeste de MG, ES e áreas centrais de SP, podem ocorrer volumes maiores que 60 mm. Nas demais áreas, como no Nordeste de MG, há previsão de baixos acumulados de chuva no início da semana. A umidade do solo será favorável para os cultivos de primeira safra, café e cana-de-açúcar, mas o excesso de chuvas pode atrapalhar as operações de semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
S: Uma massa de ar quente e úmida provoca chuvas na região, podendo superar os 50 mm principalmente no Noroeste e Norte do PR e Oeste de SC, favorecendo os cultivos de primeira safra. A atuação de um sistema frontal possibilitará pancadas de chuva, mas predominará o tempo seco. No RS, a restrição hídrica persistirá nos cultivos de primeira safra, podendo limitar a disponibilidade de água para alguns cultivos irrigados na Fronteira Oeste.
Progresso de Safra
- Soja
98,4% semeado. Em MT, a colheita é incipiente e a regularização das chuvas tem beneficiado as lavouras. No RS, o plantio evolui lentamente devido à baixa umidade do solo. Muitas lavouras semeadas no início da janela paralisaram o desenvolvimento por falta de umidade. No PR, a maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, mas algumas áreas do Sudoeste e Oeste têm apresentado os efeitos da menor disponibilidade hídrica. Em GO, as chuvas regulares contribuíram para a recuperação das lavouras. Em MS, 80% das áreas se encontram na fase reprodutiva e com bom desenvolvimento. Em MG, as condições climáticas favoráveis beneficiam as lavouras. Na BA, as áreas de sequeiro estão em desenvolvimento vegetativo e em boas condições. No TO, as lavouras apresentam bom desenvolvimento.
- Milho 1° Safra
87,3% semeado. No RS, a distribuição irregular das chuvas manteve o déficit hídrico das lavouras em grande parte do estado. Na Fronteira Oeste, a colheita teve início com rendimentos variáveis. Observou-se perdas entre 5 e 100%. Em MG, as condições climáticas favoreceram o bom desenvolvimento das lavouras. No PR, 83% das lavouras estão em boas condições, porém algumas áreas do Oeste e Sudoeste apresentam os efeitos da redução das precipitações. Em SC, chuvas de granizo causaram estragos em lavouras no Vale do Rio do Peixe. As baixas precipitações também afetam lavouras no Oeste do estado. Em SP, a maioria das áreas estão na fase reprodutiva, sendo que as mais precoces apresentam desenvolvimento abaixo do normal devido às baixas temperaturas ocorridas no início do ciclo.
- Arroz
88,8% semeado. No RS, as condições climáticas, de dias quentes e secos, têm sido favoráveis ao bom desenvolvimento da cultura. Os tratos culturais relativos às adubações de cobertura e manejo da irrigação foram realizados normalmente. Em SC, não se observou intercorrências fitossanitárias. No TO, o plantio avança para 90% das áreas e as lavouras apresentam bom desenvolvimento vegetativo. Os tratos culturais estão sendo realizado. No MA, o plantio de sequeiro está avançando de forma lenta devido à falta de chuvas na região. Em GO, o plantio permaneceu paralisado devido ao excesso de chuvas na região Norte e Leste do estado.
Fonte: Conab