Novembro de 2021 contabilizou grandes volumes de chuva, chegando a ultrapassar a média em diversas localidades, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no Matopiba.
Contudo, na Região Sul, a chuva registrada não foi suficiente para atingir a média em grande parte da região. Os maiores volumes com totais entre 90 mm e 150 mm ocorreram em Santa Catarina, sul do Paraná e leste do Rio Grande do Sul. Porém, nas demais áreas, os totais acumulados ficaram entre 30 mm e 90 mm.
No Sudeste, o mês foi bastante chuvoso em todos os estados, com totais entre 150 mm e 350 mm. Apenas em algumas localidades no oeste e sul de São Paulo, a precipitação acumulada foi menor, com totais entre 70 mm e 150 mm.
No Centro-Oeste, as condições atmosféricas foram favoráveis às chuvas, com volumes acumulados, predominantemente, na faixa entre 200 mm e 350 mm. Exceto no sul do Mato Grosso do Sul, onde os totais foram entre 90 mm e 150 mm. Destaque para o município de Goiás(GO), com acumulado de 383 mm. Na Região Nordeste, novembro teve seus maiores volumes no Maranhão, sul do Piauí e oeste e centro-sul da Bahia, com totais entre 200 mm e 350 mm. Entre o extremo-norte da Bahia e o Ceará, a precipitação foi mais irregular, e os totais acumulados ficaram entre 10 mm e 80 mm.
Na Região Norte, os acumulados mensais ficaram entre 150 mm e 350 mm. Exceto em Roraima, com totais entre 80 mm e 150 mm.
FIGURA 1 – MAPA DE PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM NOVEMBRO DE 2021
CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIA
Em novembro, o Oceano Pacífico Equatorial consolidou uma nova fase fria das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM), como observado nas anomalias negativas de TSM da segunda quinzena indicando o estabelecimento do fenômeno La Niña.
Os registros diários da TSM no Oceano Pacífico Equatorial nas últimas semanas mostram uma tendência do sinal negativo, como pode ser observado no gráfico diário de anomalia de TSM na área 3.4 de El Niño/La Niña (entre 170°W-120°W).
Considera-se que o Oceano Pacifico Equatorial está na fase neutra quando as anomalias médias de TSM estão entre -0,5 °C e +0,5 °C durante alguns meses.
Os modelos de previsão de El Niño/La Niña apresentam probabilidade de mais de 80% de manutenção de uma nova fase de La Niña no trimestre dezembro-janeiro-fevereiro. Segundo a previsão, o fenômeno pode durar até o início do outono.
PROGNÓSTICO C LIMÁTICO PARA O BRASI L – PERÍODO DEZEMBRO/2021 E JANEIRO-FEVEREIRO/2022
Para a Região Sul, as previsões climáticas indicam um predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas abaixo da média. Os desvios negativos de chuvas devem ser mais acentuados no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. No centro-norte do Paraná, probabilidades de chuvas dentro da faixa normal ou acima no acumulado do trimestre.
Para a Região Centro-Oeste, distribuição espacial irregular das chuvas. Porém, mesmo não atingindo a média do período, os volumes acumulados devem ficar próximos da faixa normal na maioria das localidades. Em dezembro, as previsões indicam predomínio de áreas com probabilidade de chuvas acima da média.
No Sudeste, distribuição irregular das chuvas, com probabilidades de acumulados na faixa normal ou abaixo no Espírito Santo e algumas áreas de Minas Gerais. Contudo, em dezembro, as previsões indicam predomínio de áreas com probabilidade de chuvas acima da média, mas com possibilidade de chuvas irregulares em janeiro e fevereiro.
No Nordeste, predomínio de áreas com probabilidade de chuvas na faixa normal ou acima no norte da região e no leste da Bahia. No sudeste da Bahia, há o risco de chuvas mais irregulares, podendo ficar abaixo da média.
Na Região Norte, predomínio de áreas com probabilidade de chuvas acima da média. Contudo, no extremo-sul do Tocantins, há probabilidade de chuvas abaixo da média.
FIGU RA 3 – PREVISÃO PROBABILÍSTICA DE PRECIPITAÇÃO PARA O TRIMESTRE DEZEMBRO/2021 E JANEIRO-FEVEREIRO/2022
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do sítio do Inmet (https://portal.inmet.gov.br).
Fonte: Conab