O esmagamento de soja em MT avançou 4,50% em julho ante o mês passado, com 989,02 mil t da oleaginosa processada. O aumento esteve atrelado à maior demanda pelos subprodutos de soja (farelo e óleo), principalmente para exportação, que registrou os maiores volumes escoados para o período nos últimos doze anos.
Mesmo com o maior volume em julho, a margem de esmagamento das industrias apresentou recuo de 6,18% ante a junho, devido a queda nos preços dos subprodutos, fechando com média de R$ 509,50/t. Em relação ao acumulado de 2022 (jan. a jul.), já foi esmagado em MT um total 6,46 milhões de t de soja, incremento de 1,44% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por fim, é importante destacar que, apesar do volume robusto no mês, o segundo semestre do ano é caracterizado pelo menor processamento, devido à menor disponibilidade da soja no estado e o período de manutenção das indústrias.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Chicago em alta: a cotação da saca de soja norte-americana valorizou 5,39% ante a semana passada, devido à piora nas condições climáticas dos EUA
- Soja MT: influenciado pelo mercado internacional, o preço da soja disponível em MT apresentou alta de 0,60% e fechou a semana cotado a R$ 160,66/sc
- Dólar em queda: com os investidores de olho na política monetária do Federal Reserve, o dólar fechou a semana em queda de 2,23% no comparativo com a semana passada.
Na última sexta-feira (12/08), o USDA atualizou o quadro de oferta e demanda de soja no mundo.
A produção mundial para a safra 22/23 foi ampliada em 0,36% no comparativo mensal, estimada em 392,79 milhões de t, devido ao avanço da oferta da China e dos EUA. A projeção de ampliação na produção dos EUA surpreendeu o mercado, que aguardava um corte nas previsões, visto a constante queda nas condições das lavouras do país nas últimas semanas.
Pelo lado da demanda global, a estimativa de consumo aumentou 0,13% ante o relatório de julho, projetado em 378,25 milhões de t, reflexo principalmente da alta no consumo do Brasil em 750,00 mil t. No que tange aos estoques finais, com os reajustes na oferta e na demanda o estoque apresentou aumento de 1,81% ante o mês passado, ficando estimado em 101,41 milhões de t.
Por fim, após a divulgação do relatório, a cotação da soja para o contrato corrente seguiu trajetória de queda, apresentando recuo de 2,35% em relação ao dia anterior.
Fonte: IMEA