O glifosato é o ingrediente ativo de agrotóxico mais comercializado no Brasil. É um herbicida, isto é, tem ação de matar plantas consideradas invasoras nas lavouras. É utilizado, principalmente, para eliminar ou reduzir a infestação de plantas em diversas culturas de importância econômica como algodão, arroz, café, cana de açúcar, eucalipto, feijão, pinus, soja e trigo.

O glifosato foi reavaliado pela Anvisa e concluiu-se que não há evidências suficientes que comprovem que o glifosato é responsável por causar mutações, câncer, malformação congênita, interferir no funcionamento dos hormônios, provocar danos ao sistema reprodutor ou ser mais perigoso para o homem do que foi verificado nos estudos realizados em animais.

A Anvisa também concluiu que os riscos relacionados a ingestão de glifosato que, eventualmente, esteja contaminando os alimentos e a água, está abaixo do nível de preocupação. Isso significa que, segundo os sistemas de vigilância de alimentos e água que a Anvisa utiliza para monitorar o risco dietético, os alimentos e a água pra consumo humano não apresentam resíduos de glifosato em valores acima do que se considera risco para as pessoas.

Isso não significa que o produto não causa nenhum dano aos seres humanos. Há centenas de notificações de intoxicação aguda por glifosato registradas no Brasil. Além disso, a exposição ao glifosato acima dos limites de segurança pode ocorrer em algumas situações relacionadas à atividade agrícola. Portanto, os trabalhadores rurais que manuseiam o glifosato ou que trabalham em lavouras onde se utiliza o glifosato, bem como os moradores de locais próximos a áreas onde o glifosato é aplicado, podem ser expostos acima de limites considerados seguros.

Baseado nestes estudos de avaliação de risco de trabalhadores rurais e moradores da zona rural, a Anvisa propõe uma Resolução com várias medidas de prevenção e controle para eliminar ou reduzir os riscos a esta população para que não haja exposição ao glifosato acima dos limites considerados seguros pela Anvisa.

Além disso, a Anvisa propõe limitar a concentração de um componente específico dos produtos pronto para uso, a POEA, para que não haja risco ao consumidor em decorrência da exposição a esse componente mediante a ingestão de seus resíduos.

Link para consulta pública: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=45725

Confira a proposta de resolução da Anvisa: http://portal.anvisa.gov.br/propostas-regulatorias#/visualizar/391760

Fonte: FEBRAPDP – Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação

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