A cotação de maio, que hoje entra em período de entrega física, foi pressionada por estas entregas e fechou em queda. Todas as demais posições, porém, fecharam em alta, impulsionadas pela boa demanda de exportação para a Safrinha. Preocupações climáticas, no Centro-Oeste brasileiro, acentuaram o alerta dos mesmos compradores, que, pelo sim, pelo não, tratam de garantir o seu quinhão de abastecimento, voltando a elevar as cotações.

Com isto, todas as cotações do dia fecharam em alta, nesta sexta-feira, exceto maio: o vencimento maio/22 foi cotado à R$ 91,87, queda de R$ 0,39/saca no dia e de R$ 1,82 nos últimos 5 pregões (semana); julho/22 fechou a R$ 95,11, alta de R$ 0,18 no dia e de R$ 0,29 na semana; setembro/22 fechou a R$ 98,10 com alta de R$ 0,32 no dia e de R$ 2,31 na semana e novembro/22 fechou a R$ 99,41 com alta de R$ 0,36 no dia e de R$ 2,35 na semana.

CHICAGO: Milho começou o mês em queda, por clima mais favorável nos EUA; possibilidade de seca no Brasil limitou a queda

A cotação do milho para maio22 fechou em leve queda de 0,67% ou 5,50 cents/bushel a $ 812,75. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou em queda de 1,14% ou $ 9,25 cents/bushel a $ 804,15.

O clima se tornaria mais favorável ao avanço do plantio nos EUA. O mercado prevê um aumento de 16% na área plantada. Regiões da região central do Brasil com seca geram alguma preocupação do lado da oferta.

Uma consultoria privada reduziu a estimativa de segunda safra de milho para 88 milhões de tons, contra a estimativa anterior de 91,9 milhões de toneladas.

O USDA informou que 1.684 T de milho foram embarcados durante a semana de 28/04, acima das 1,665 MT da semana passada, mas abaixo dos 2,2 MT enviados durante a mesma semana do ano passado. Os embarques de milho neste ano comercial foram de 36,577 MT, uma queda de 16% em relação ao ritmo do ano passado, já que o WASDE de abril projetou um atraso de 9,2%.

A atualização semanal também mostrou 218 mil toneladas de exportações de sorgo, elevando o total de neste ano comercial para 5,3 milhões de toneladas, contra 5,62 MT no mesmo ponto do ano passado.

GIRO PELOS ESTADOS

  • RIO GRANDE DO SUL: Boas chuvas no Centro-Oeste mantem os preços estáveis

Preços continuam estáveis. Indicação de compras continuam em R$ 93,00 Santo Ângelo, R$ 95,00 Ch ofertas que partem de R$ 95,00 interior, Chapecó, R$ 97,00 Marau e R$ 98,00 Arroio do Meio e vendedor posiciona ofertas que partem de R$ 95,00 interior.

Milho do MS chegaria a R$ 97,00 + ICMS no miolo do estado, com pedida de pagamento em 30 dias. Preços da pedra subiram para R$ 87,00 ao produtor.

  • SANTA CATARINA: Compradores aparentemente mais tranquilos e ausentes

A volta das chuvas trouxe tranquilidade aos compradores. Apesar disto os preços se mantiveram  estáveis ao redor de R$ 90,00 CIF e R$ 89,0 FOB no norte do estado. Com isto, a diferença entre as pedidas dos vendedores e as indicações dos compradores começaram a diminuir, se aproximando mais. O milho paraguaio seria bem competitivo não fossem os problemas logísticos.

Safra Nova: Nota-se, também, interesse dos compradores em adquirir milho de safra nova, mas sem indicações precisas.

  • PARANÁ: Dia de poucos negócios e preços estáveis

No mercado interno do estado foram negociadas, hoje, em Guarapuava, 2.550 tons a R$ 90,00 FOB. Na sexta-feira foram negociadas 3.000 t no Oeste do PR a R$ 90, pagamento 60 dias. Em Maringá ofertas a R$ 96,00,comprador a R$ 91. Nas outras regiões do estado ofertas entre R$ 93-96,00/saca. Porto ofertas na casa de 98/99 sobre rodas, comprador a 95.

  • MATO GROSSO DO SUL: Preços recuaram R$ 1,00/saca; safra nova vale mais que safra velha

Depois de uma leve subida na segunda metade da semana passada, os preços do milho voltaram a recuar no estado do Mato Grosso do Sul, como mostra nossa tabela ao lado. Com a queda, não houve negócios reportados.

Como a alta dos preços tinha sido puxada pela exportação, a queda foi atribuída à ausência de interesse das Tradings em adquirir mercadoria para exportação para embarques imediatos e preferirem embarques para os meses de Safrinha. Com isto, o milho futuro já está valendo mais do que o spot, no estado.

  • GOIÁS: Preços fecham abril 4,70% menores do que o início da safra

Definitivamente não valeu a pena ter guardado milho nesta temporada. As cotações do último dia de abril foram 4,70% menores do que as do início da safra, além de todo o custo de armazenagem do período e de toda a aplicação financeira perdida, se os lotes tivessem sido vendidos logo na colheita e o dinheiro tivesse tido uma aplicação simples no banco. Nesta segunda-feira a semana começa com alta em Anápolis e queda em Rio Verde, como mostra nossa tabela ao lado.

  • MILHO ARGENTINO: Queda nos prêmios provoca queda de US$ 1/t nesta segunda-feira

Os preços FOB UpRiver, do trigo argentino recuaram novamente, com as quedas somadas dos prêmios e de Chicago, como mostra nossa tabela ao lado.

Para navios Handysize os preços do dia recuaram US$ 1/t para US$ 316 para maio; recuaram US$ 5/t para US$ 313 para junho e julho; recuaram US$ 4/t para US$ 306 para agosto, US$ 6/t para US$ 306 para setembro. Não houve cotações para os demais meses. Para os navios Panamax, os preços avançaram US$ 3/t para US$ 320 maio, recuaram US$ 5/t para US$ 325 junho e US$ 3,00/ t para US$317 para julho. Não houve cotações para os demais meses.

Continuam chegando navios comprados anteriormente (mais de 60 dias) de milho argentino, mas novas importações estão praticamente inviáveis, como mostras as nossas tabelas estaduais acima.

Fonte: T&F Agroeconômica

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