As cotações da pluma na bolsa de Nova York valorizaram em mais uma semana. Assim, os contratos jul/21 e dez/21 aumentaram 2,27% e 1,86%, quando comparados a semana passada, encerrando cotados a uma média semanal de ¢US$ 86,21/lp e ¢U$ 83,57/lp, respectivamente.
Essa valorização na ICE está atrelada à perspectiva de seca nos EUA – principalmente no Texas – e à estimativa de redução na área semeada no Brasil. Além disso, a forte demanda dos países asiáticos pela fibra natural sustentou o cenário otimista até aqui – indicando uma recuperação econômica no setor de vestuário.
Daqui em diante, o direcionamento nas cotações da pluma pelo lado da oferta estará basicamente pautado pela safra norte-americana, que já está sendo semeada e, se a produção no país for menor, os estoques finais ficaram pressionados no principal exportador da fibra, acarretando em avanço no preço se a demanda continuar aquecida.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Mesmo com a menor disponibilidade da pluma no mercado, o preço Imea-MT desvalorizou 0,59%, devido à queda do dólar na última semana.
• Acompanhando a retração da moeda americana, as paridades de exportação recuaram 0,69% e 1,34% para os contratos de jul-21 e dez-21, fechando a uma média de preço de R$ 155,04/@ e R$ 152,22/@, respectivamente.
• Devido ao cenário externo, o dólar caiu 2,58% no comparativo semanal, ficando cotado a uma média de R$ 5,52/US$ na última semana.
• O preço do caroço atingiu novo recorde em Mato Grosso, variação de 5,95% na semana, alcançando a marca de R$ 1.758,02/t na média do estado.
Safra Americana:
A semeadura do algodão nos EUA teve início no mês de abril e até o último domingo (25/04) 12,00% das áreas – estimadas em 4,87 milhões de hectares – já estão plantadas com a fibra no país. O ritmo nas lavouras até o momento está 2,00 p.p. atrás da safra passada e 1,00 p.p. acima da média dos últimos cinco anos.
Já o principal produtor do país, o Texas, semeou 17,00% dos 2,76 milhões de hectares projetados para a temporada e, mesmo com os níveis de umidade no solo se apresentando abaixo do ideal em algumas regiões – principalmente na oeste, noroeste e sudeste, o plantio no estado está 3,00 p.p. acima da média das últimas cinco safras.
Por fim, mesmo com os trabalhos a campo se apresentando neste início dentro da normalidade na maior parte do país, o fator climático ainda é uma preocupação para os produtores, já que muitas áreas ainda necessitam de bons volumes de chuvas para não comprometer o desenvolvimento do algodão na temporada.
Fonte: IMEA