As cotações do trigo, em Chicago, se mantiveram relativamente estáveis nesta segunda semana de julho, na expectativa do relatório de oferta e demanda do USDA.

O fechamento do dia 11/07, véspera do anúncio do relatório, ficou em US$ 5,54/bushel, ou seja, o mesmo valor do registrado em 03/07.

A colheita do trigo de inverno nos EUA, até o dia 07/07, atingia a 63% da área, contra 52% na média histórica. Já as condições das lavouras do trigo de primavera se apresentavam, na mesma data, com 75% entre boas a excelentes, 21% regulares e 4% entre ruins e muitor ruins.

E no Brasil, os preços do cereal se mantiveram estáveis. No Rio Grande do Sul, o saco do produto de qualidade superior ficou cotado entre R$ 67,00 e R$ 68,00, enquanto no Paraná o mesmo ficou entre R$ 75,00 e R$ 76,00.

Dito isso, existe preocupação com o clima mais seco no Paraná, São Paulo e parte de Santa Catarina. Por outro lado, em termos de comércio exterior, segundo a Secex, no primeiro semestre do corrente ano o Brasil importou 3,4 milhões de toneladas do cereal, contra 2,1 milhões em igual período do ano passado. Já as exportações somaram 2,5 milhões de toneladas nos primeiros seis meses de 2024.

Enquanto isso, o plantio da nova safra de trigo atingia, em 11/07, a 82% da área esperada, no Rio Grande do Sul, contra 90% na média histórica, com o Estado gaúcho esperando colher 4,07 milhões de toneladas neste ano. A aposta é que o clima, desta vez, ajude, pois haverá um forte recuo na área semeada. Já no Paraná, o plantio chegava a 91% da área no início da presente semana, sendo que igualmente aqui a área semeada será bem menor em relação ao ano passado. Aliás, alguns analistas chegam a avançar uma redução de 25% na área global de trigo no Brasil neste ano.

Enfim, contrariando as expectativas da Conab, que elevam para pouco mais de 9 milhões de toneladas a futura safra nacional de trigo, analistas privados (StoneX) avançam uma colheita de 8,2 milhões de toneladas, ficando esta pouco acima das 8,1 milhões colhidas no ano anterior. Com isso, as exportações nacionais de trigo recuariam para 1,6 milhão de toneladas em 2024/25.

Fonte: CEEMA – UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum

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Autor:CEEMA – UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum

Site: CEEMA – UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum

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