Decisão do governador Carlos Moisés de tributar os defensivos agrícolas em 17 por cento foi o assunto mais falado e criticado durante a semana que passou. Praticamente todos os posicionamentos de lideranças políticas e empresarias e associativas criticaram a decisão intransigente do governador, que atingiu seu ápice negativo com a entrevista que concedeu ao jornal Folha de SP com repercussão em outros órgãos de imprensa no estado e no país, onde o governador sem nenhuma base científica e apenas posição ideológica critica os insumos agrícolas e prega a agricultura orgânica, como se ela conseguisse alimentar a população no país e no exterior.

Entidades do agronegócio estão revoltadas com a posição do governador que não está ouvindo nem sua equipe para adotar essa medida.

Na Assembleia Legislativa deputados de todos os partidos criticaram a atitude do governador. Deputados Moacir Sopelsa, José Milton Scheffer e Milton Hobus, são os principais defensores junto aos demais parlamentares.

A vice-governadora Daniela Reinehr se manifestou a favor do setor produtivo.  “Reafirmo meu engajamento com setor produtivo catarinense. Apresentei ao governador Moisés meus argumentos e tenho 5 propostas, elaboradas por técnicos, a meu pedido, para que possamos juntos buscar as melhores proposições e alternativas para estabelecer um ajuste entre o Estado e este importante setor e viabilizar a expansão e o fortalecimento do agronegócio catarinense”, explicou a vice-governadora.



Daniela afirma que sempre defendeu e segue empregando todos os seus esforços na defesa do setor agrícola e do setor produtivo que, com muito esforço, alcançou um espaço e padrão diferenciado e merece incentivo para impulsionar ainda mais sua modernização, crescimento e competitividade nos mercados nacional e internacional.

“Concordo e apoio o incentivo à produção orgânica, mas o fomento de uma atividade não pode inviabilizar a outra. São nichos diferentes e nesses detalhes, devem ser considerados os pareceres técnicos tanto da Epagri e Cidasc, quanto da Sociedade Brasileira de Agronomia, por exemplo. Tenho conversado com os produtores, e eles sabem do meu apoio e compromisso com o desenvolvimento do nosso estado e da nossa agricultura”, destacou.

Na imprensa nacional analistas econômicos também criticam a decisão acusando o governador de destruidor do agronegócio e de desconhecedor do assunto e que está procurando bode expiatório para arrecadar tributos para cumprir compromissos do Estado que gasta mais do que arrecada.

O comentarista Miguel Daouddo Canal Rural, fez severas críticas ao governador de SC dizendo que os argumentos de que os insumos são prejudiciais à saúde mas não existe comprovação cientifica disso. Opinou que a decisão de tributar é apenas para arrecadar para pagar as contas do estado. Daoud disse que o governador deveria saber que SC é um estado de excelência na produção agropecuária, que conquistou os mercados internacionais, único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e que cerca de 70 por cento das exportações catarinenses vem do setor agropecuário que sabe produzir com qualidade.

O presidente da Fecoagro, Claudio Post, concedeu entrevista ao vivo ao Canal Rural se pronunciando contrário a tributação, explicando os reflexos que isso provocará no setor agropecuário e na economia catarinense.

Fonte: Fecoagro

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