CUSTO DE PRODUÇÃO
Segundo o Projeto Rentabilidade no meio rural, do Senar-MT, o custeio da oleaginosa para a safra 23/24 em ago/23 ficou em R$ 4.142,61/ha, recuo de 18,90% em relação às despesas do ano passado. Esse cenário está atrelado à queda nos preços dos insumos, que desde o ano passado seguem pressionados. Para se ter uma ideia, o preço da semente de soja desvalorizou 23,38% no comparativo anual e o do fertilizante caiu 31,24% ante a safra passada. Por outro lado, é importante destacar que, apesar de as despesas da soja exibirem queda e o preço da oleaginosa cobrir quase todos os custos, o produtor que faz o sistema de soja mais milho terá uma maior dificuldade para fechar as contas neste ano, devido às margens negativas do cereal. Diante desse cenário, o produtor deve se atentar às oportunidades do mercado para garantir as melhores negociações e conseguir conciliar as contas no fim da safra 23/24.
Confira os destaques do Boletim:
DÓLAR CORRENTE: o dólar desvalorizou 0,47% no comparativo semanal, fechando com média de R$ 4,90/US$.
PARIDADE: com a queda do dólar e do preço da soja em Chicago, a paridade para o contrato mar/24 caiu 2,87% ante a semana passada, finalizando com média de R$ 112,07/sc.
BASE MT-CME: o diferencial de base MT-CME apresentou retração de 11,44% no comparativo semanal, puxado pela queda no preço nos EUA devido ao avanço na colheita.
A Conab divulgou a primeira perspectiva da safra 23/24 de soja no Brasil, trazendo recordes para área e produção
A projeção aponta que o país cultivará 45,30 milhões de ha, acréscimo de 2,77% no comparativo com a safra 22/23. Em relação aos estados, destaque para Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, que aumentaram 2,70%, 1,80%, 1,00% e 0,80% a área ante a safra passada, respectivamente. Esse incremento é pautado pela abertura de novas áreas e a perspectiva de “safra cheia” nos estados do sul do país, devido à melhora nas perspectivas climáticas em relação a 2022. Para a produtividade, a Companhia projeta inicialmente alta de 22,22% ante a safra 22/23, estimada em 59,77 sc/ha. Desse modo, para a produção brasileira ficou projetado o recorde de 162,43 milhões de t. Por fim, vale destacar que a safra ainda está no início e as condições climáticas estão em aberto, principalmente no Centro-Oeste, onde são estimados baixos volumes de chuva em relação à média histórica, segundo o NOAA.
Fonte: Boletim semanal n° 768 – Soja – Imea