Com a colheita de soja finalizada no Brasil, as atenções se voltam para a safra 21/22, que vem sendo cultivada nos EUA. Até a última segunda feira (24/05/2021) a semeadura do grão atingiu 75% da área total, contra 63% no mesmo período do ano passado – um acréscimo semanal de 14 p.p.
Mesmo com os problemas climáticos enfrentados pelas regiões produtoras no país, a evolução no cultivo do grão vem superando o esperado pelo mercado e se encontra 21 p.p. acima da média dos últimos cinco anos, fator que traz boas expectativas quanto ao aumento na área plantada em detrimento do milho.
Apesar disso, o estado da Louisiana vem apresentando problemas com relação ao excesso de chuvas, o que implicou em um atraso da região de 27 p.p. em relação à média dos últimos cinco anos. Por fim, apesar da melhora climática, ainda há uma longa temporada de incertezas pela frente.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Após um longo período de valorização, o preço disponível da saca de 60kg fechou em queda de 2,49% na última semana, cotado em média a R$ 161,36.
• A expectativa de uma produção recorde brasileira acabou pressionando as cotações disponíveis em Chicago, que fecharam a semana com queda de 4,60%.
• O ritmo acelerado de plantio da safra norte americana fez com que as cotações em Chicago para mar/22 exibissem queda de 2,08% no comparativo semanal.
• A desvalorização do grão na última semana fez com que a relação soja/farelo e óleo apresentasse alta de 12,56% no comparativo, estimado em média a R$ 383,13/t.
Quarta alta consecutiva:
O custo de produção da soja GMO apresentou elevação pelo quarto mês consecutivo em MT. Motivado pela demanda aquecida por insumos no estado, o custeio exibiu alta de 1,47%, ante ao mês anterior.
Entre os componentes do custeio, as sementes de soja, os macro e micronutrientes apresentaram adição de 3,75%, 2,14% e 0,30% no mesmo comparativo, respectivamente. Como já dito anteriormente, essa elevação nos insumos está atrelada ao avanço na comercialização das sementes (+8,48 p.p.) e fertilizantes (+6,96 p.p) em abril quando comparado a março.
Outro fator que colaborou para o incremento nos custos em abr/21 foi o aumento nos custos com arrendamento, que subiu em 6,69% quando comparado a mar/21, influenciado pela valorização nos preços futuros do grão.
Desse modo, mesmo com a alta nos custos, o preço do grão obteve maior valorização, o que fez com que a relação de troca continuasse favorável ao produtor, ficando estimada em 17,43 sc/ha.
Fonte: IMEA