O custo de produção do algodão em MT valorizou novamente no mês de maio. Assim, segundo o levantamento do Imea, a despesa variável aumentou 1,33% em relação a abril, ficando estimado em R$ 9.150,90/ha para o mês.
Os principais itens que sustentaram a valorização foram o fungicida (+1,79%), herbicida (+1,60%) e inseticida (1,24%), refletindo o alto patamar da moeda norte-americana no mês. Já o custo operacional ficou estimado em R$ 9.824,09/ha, acréscimo de 1,28% em relação ao mês de abril.
Dessa forma, para que o cotonicultor consiga cobrir pelo menos seu custo é preciso que negocie a sua pluma a um preço médio de R$ 83,68/@. Para os próximos meses, o produtor poderá ter algumas oportunidades de reduzir seu custo, visto que o dólar têm recuado em junho (diminuindo o preço do insumo), além do frete retorno, que neste período tende a ficar mais barato.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Com a aproximação da próxima safra, aliada à menor disponibilidade da pluma no mercado interno, o preço Imea-MT fechou em R$ 83,77/@ na média do estado, variação positiva de apenas 0,01% no comparativo semanal.
• Devido à desvalorização da moeda norte americana, em conjunto com o recuo do basis, as paridades de exportação para os contratos jul/20 e dez/20 desvalorizaram 5,99% e 9,33%, respectivamente, ante a semana passada.
• Mesmo com as incertezas políticas internas, o dólar recuou 4,01% na semana passada, ficando cotado a R$ 4,96/US$, pautado ainda no maior otimismo sobre uma recuperação econômica no exterior.
• Os subprodutos de algodão mato-grossenses apresentaram valorização semanal de 1,23%, 0,08% e 1,93%, cotados a R$ 629,43/t, R$ 662,56/t e R$ 2.611,56/t, para caroço, torta e óleo, respectivamente.
Corte na estimativa:
Na última quinta-feira (11/06) o USDA divulgou os dados de oferta e demanda mundial. Com isso, um dos principais destaques do relatório veio na safra 19/20, que reduziu 2,23% o consumo mundial em comparação com o mês de maio.
Assim, os estoques finais foram ampliados em 3,50% nesta nova estimativa, passando a ser de 21,89 milhões de toneladas. Já para a safra 20/21, o Departamento recuou a produção (-0,18%), consumo (-1,76%), exportações (-0,07%) e importações (-0,06%) em relação ao relatório passado.
Mesmo com o corte feito no consumo, o mercado aguardava um número ainda menor que a estimativa de 24,94 milhões de toneladas, visto que a retomada da economia será de forma lenta e até o momento não se vê movimento de recuperação, principalmente, por parte do setor têxtil. Desse modo, o estoque final para a próxima safra cresceu 5,23%, ficando previsto em 22,45 milhões de toneladas de pluma.
Fonte: Imea