CUSTO DE PRODUÇÃO

Segundo o Projeto Rentabilidade, do Senar-MT, o Custo Operacional Efetivo (COE) do algodão para a safra 23/24, em set/23, ficou estimado em R$ 13.887,38/ha, recuo de 24,73% ante o registrado na safra passada. Esse cenário é pautado, principalmente, pela diminuição registrada no custo com macronutrientes, que exibiu baixa de 40,09% no comparativo entre as safras. Além disso, as despesas com classificação/beneficiamento reduziram 59,16%, no mesmo comparativo, devido à desvalorização observada nos preços do caroço. Diante desse panorama, e levando em consideração o preço ponderado da comercialização da safra 23/24, atualmente, o produtor consegue cobrir o seu COE. Por fim, é importante que o cotonicultor se atente às oscilações dos preços futuros, para que consiga aproveitar as melhores oportunidades do mercado para negociar o seu produto.

Confira os destaques do Boletim:

DESVALORIZAÇÃO: com a maior procura por ativos de maior risco, devido à intensificação do conflito no Oriente Médio, o dólar exibiu queda de 0,99% no comparativo semanal.

BAIXA: o poliéster, principal concorrente da pluma do algodão, apresentou tendência baixista, finalizando a semana com recuo de 1,18%, cotado a ¢ US$ 36,35/lp.

DECLÍNIO: o preço da pluma do algodão em MT, com a desvalorização do dólar e a baixa no poliéster, finalizou a sessão em decréscimo de 0,59%, sendo cotado a R$ 126,12/@.

Os preços das paridades de exportação de dez/23 e jul/24, em MT, apresentaram desvalorização de 3,29% e 2,35%, na média semanal, respectivamente

Diante disso, na média semanal, as paridades de dez/23 e jul/24 ficaram precificadas em R$ 138,44/@ e R$ 146,44/@, nessa ordem. O cenário de queda é reflexo das baixas registradas nas cotações da pluma na bolsa de NY ao longo da semana, associadas às incertezas quanto à demanda pela fibra. Ainda, cabe ressaltar que a China, maior produtora e consumidora mundial do produto, tem vendido sua reserva de pluma, e a demanda pelos lotes ofertados na semana foi abaixo do esperado, contribuindo para a pressão nos preços em NY. Além disso, as cotações dos dólares futuros (contratos de dez/23 e jul/24) também exibiram retração na média semanal, em virtude dos movimentos especulativos devido à guerra no Oriente Médio, o que também contribuiu para a queda das paridades. Por fim, diante desse cenário, não há fatores que indiquem movimento altista para as paridades da pluma a curto prazo.

Fonte:Boletim semanal n° 697 – Algodão – Imea



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