Ao apresentar um balanço do desempenho das cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul em 2019, o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro/RS), Paulo Pires, destacou que a entidade tem duas preocupações neste momento. “Uma das preocupações é com o custo de produção, que está, de certa forma, equilibrado, já recomposto pelo dólar e o preço dos fertilizantes, mas que caiu em dezembro na comparação em relação ao levantamento anterior, de outubro, para a soja e o milho”, comenta.

     A outra preocupação, de acordo com o dirigente, é com o clima, pois já se verificou que existe uma estimativa em torno de 10% de quebra na produção de milho do Rio Grande do Sul devido ao quadro de desuniformidade das chuvas, que foram muito mal distribuídas. “O plantio de soja no estado, por outro lado, se mostra relativamente normal, com menos de 5% de replantio, que ocorreu pelos volumes excessivos de chuvas registrados nas regiões”, sinaliza.

     Pires comenta que o custo de produção para produzir uma saca de 60 quilos de milho hoje gira em torno de R$ 28,87 no estado, frente a um preço pago ao produtor de R$ 35,28. Para a soja o custo para produzir uma saca de 60 quilos é estimado em R$ 57,14, frente a um valor médio pago ao produtor de R$ 77,00. No caso do trigo, o custo médio de produção gira ao redor de R$ 52,80 para a saca de 60 quilos, frente ao preço pago de R$ 40,00 ao produtor. “Esse é o único produto que vem tendo no momento uma rentabilidade negativa”, pontua.

          Fonte: Agência SAFRAS, por Arno Baasch

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