O relatório de custo de produção para a soja transgênica da safra 21/22 referente ao mês de junho/21 registrou uma alta de 2,37% no custeio ante a maio. Um dos principais motivos para a alta se deve ao aumento considerável (+5,01%) no custo da semente e nos fertilizantes em geral (+2,59%) – ressaltando a variação de +10,82% no micronutriente – influenciado pelo avanço da comercialização devido à aproximação da próxima safra.
Além disso, com a alta no preço do combustível, as operações mecanizadas apresentaram um aumento de 2,55%, mas, em contrapartida, foi possível registrar uma diminuição de 1,59% na mão de obra, devido à queda no preço da saca de soja no último mês, ficando estimada em R$ 98,89 ante R$ 100,47 no mês de maio/21.
Por fim, o custo operacional efetivo (COE) ficou estimado em R$ 3.943,68, um aumento de 1,90% em relação ao mês anterior.
Confira agora os principais destaques do boletim:
Preço firme: com a alta no dólar na semana passada, o preço disponível para a saca de 60kg em MT apontou valorização de 4,13% no comparativo semanal, cotado a R$ 159,96/sc.
Chicago em queda: o clima, somado às incertezas sobre a política de biocombustíveis nos EUA, pressionou a cotação do grão em Chicago, que desvalorizou 1,55%.
Menor margem: com a valorização nos preços do grão e do farelo na última semana, a margem de esmagamento apontou queda de 34,12%, cotada a R$ 204,33/t.
O clima continua como fator determinante nas cotações da soja na bolsa de Chicago, que vem apresentando alta volatilidade nos últimos dias.
Em junho, as previsões climáticas adversas nas regiões produtoras no país norte-americano deram sustentação a uma média maior nas cotações do grão (US$ 14,58/bu), que chegou a atingir a máxima de US$ 15,84/bu em junho/21.
Após operar em tendência de alta nas semanas anteriores, a cotação para a oleaginosa na CME-Group voltou a recuar no contrato de agosto, cotado em média a US$ 14,26/bu até a última sexta-feira (23/07).
Apesar do cenário climático desfavorável, alguns modelos já apontam melhores condições para as lavouras para o fim de julho e início de agosto, especialmente no meio-oeste dos Estados Unidos, em que as áreas poderiam ser favorecidas com um maior nível de umidade.
Nesse sentido, o clima norte-americano deve continuar no radar dos players, visto que o mês de agosto é decisivo para um bom desenvolvimento da safra de soja.
Fonte: IMEA