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Danos de tamanduá-da-soja x tratamento de sementes

Adulto de tamanduá-da-soja ou bicudo-da-soja

O tamanduá-da-soja ou bicudo-da-soja é um inseto regionalmente importante que, vem causando danos em lavouras de vários municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, do oeste da Bahia, além de algumas lavouras nos Estados de Goiás, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Os adultos são besouros pretos com 8 mm de comprimento e listras amarelas no dorso da cabeça e nos élitros (asas duras) e ficam localizados sob a folhagem, nas hastes, ou no solo, sob os restos de cultura.

As larvas  são brancas e, sem pernas, têm o corpo cilíndrico, levemente curvado e, desde a eclosão até o final da fase ativa (enquanto se alimentam), ficam no interior da haste principal, na região do anelamento que as fêmeas fazem para a postura. À medida que crescem, ocorre engrossamento do caule, formando uma galha, estrutura constituída externamente por tecidos ressecados. As larvas no quinto e último instar hibernam no solo, em câmaras, geralmente entre 5 cm e 10 cm de profundidade e não se alimentam mais. (Fonte: Embrapa, Autora:  Clara Beatriz Hoffmann-Campo, para conferir o original clique aqui).

Em trabalho apresentado e publicado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Soja, número 56, página 195 da sessão de Entomologia, realizado em Goiânia no ano passado, os autores MATSUMOTO, J.F.; LOBAK, T.; SCHNEIDER NETO, A.; NIMET, M. S.; NEVES, P.M.O.J.; PASINI, A. 1; ROGGIA, S. avaliaram o efeito de inseticidas no tratamento de sementes sobre o ataque de S. subsignatus, comumente chamado de tamanduá-da-soja.

O trabalho foi influenciado pelo fato de que essa praga, embora seja considerada secundária na cultura da soja, por não apresentar ocorrência generalizada, possui elevado potencial de dano nas lavouras onde ocorre. Para seu controle, de acordo com Hoffmann-Campo et al., 2012, o manejo do inseto pode ser realizado com tratamento de sementes ou pulverização foliar com inseticidas.

Em relação às duas formas de controle, o tratamento de sementes é o que apresenta menor risco de impacto ambiental, menor custo operacional, e proporciona proteção na fase inicial do desenvolvimento da cultura, fase na qual é mais susceptível à ocorrência de danos decorrentes do ataque da praga. Dessa forma, conduziu-se um experimento com a cultivar BRS 388 RR, em espaçamento de 0,50 m de entrelinhas e diferentes produtos que estão registrados no MAPA para uso em tratamento de sementes para o manejo de S. subsignatus.

Os resultados obtidos pelos autores podem ser verificados na figura abaixo.

Fonte: MATSUMOTO, J.F.; LOBAK, T.; SCHNEIDER NETO, A.; NIMET, M. S.; NEVES, P.M.O.J.; PASINI, A. 1; ROGGIA, S.

Os autores concluíram que o tratamento de sementes com inseticidas químicos afeta a intensidade e a distribuição vertical do ataque de S. subsignatus na planta de soja e o produto Fipronil em tratamento de sementes é o que proporciona menor intensidade de ataque da praga às plantas.

O trabalho completo pode ser acessado clicando aqui.

Elaboração– Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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