A preocupação quanto à produção aguardada em Mato Grosso da safra que está no campo (safra 20/21) limitou o avanço das negociações no mês de maio e com os primeiros talhões já sendo colhidos no estado – em alguns municípios – o produtor aguardando os resultados das lavouras para continuar negociando grandes volumes.
Assim, as vendas da pluma alcançaram 77,43% da produção, avanço de apenas 0,11 p.p., em relação ao mês de abril. Para a safra 21/22, mesmo com o preço médio da pluma apresentando valorização de 10,68% no mês de maio, ante o anterior, as negociações avançaram apenas 2,65 p.p. no período, totalizando 27,94% da produção negociada.
Diante desse cenário, a comercialização da fibra está atrasada em 4,51 p.p., quando comparada à safra 20/21, e 4,31 p.p. no comparativo com a média dos últimos cinco anos.
Confira agora os principais destaques do boletim:
Desvalorização: Devido à queda do dólar na semana passada, o preço Imea-MT recuou 0,94% no comparativo semanal, cotado a uma média de R$ 160,17/@.
RECUO: Com a aproximação da próxima safra, aliada à menor demanda no estado, o preço do caroço caiu na última semana, variação de 1,87%, no comparativo semanal.
AVANÇO: A paridade de exportação para o contrato de jul/21 valorizou 1,42%, ante a semana passada, cotada a um preço médio de R$ 140,11/@.
Em maio, o Brasil exportou 115 mil toneladas de pluma, avanço de 65,69% em relação ao mesmo período do ano passado.
Analisando o acumulado escoado da safra (considerada de ago/20 a jul/21), os envios brasileiros já acumulam 2,22 milhões de toneladas até maio, alta de 14,91% em relação ao total exportado na safra 18/19.
Os principais compradores da fibra foram a China (704 mil t) e o Vietnã (372 mil t), que juntos representam 48,14% do total exportado até aqui. Já o maior produtor do país, Mato Grosso, escoou o acumulado de 1,53 milhão de t, participando com 68,29% dos envios nacionais.
O aumento das exportações do estado é reflexo do volume recorde produzido no ciclo 19/20 e da retomada da demanda, após incertezas causadas pela Covid-19, principalmente por parte dos países asiáticos.
Por fim, a preocupação quanto às exportações da próxima safra segue no radar devido à menor produção no estado, sendo que, a redução nos envios poderá chegar a 30,99%, segundo o Imea.
Fonte: IMEA
