O mercado físico de algodão teve uma semana marcada por demanda cautelosa, refletindo expectativas negativas sobre os preços. Diante disso, tem feito negociações pontuais para entregas no curto prazo e, em menor volume, para 2026. Já do lado do produtor, começou a mostrar mais flexibilidade, o que tem tornado o prêmio da pluma brasileira mais competitivo na Bolsa de Nova York, informou a Safras Consultoria.
Na quinta-feira (9), a indústria tinha ideia para o algodão colocado CIF São Paulo em torno de R$ 3,56 por libra-peso, uma queda de 1,93% na comparação semanal, quando era cotado a R$ 3,63 por libra-peso. Em Rondonópolis (MT), o valor pago pela pluma oscila ao redor de R$ 3,38 por libra-peso (equivalente a R$ 111,80 por arroba). Na semana, a pluma recuou R$ 0,07/libra-peso.
Produção da pluma em MT – Imea
A produção de algodão em Mato Grosso na safra 2024/25 foi estimada em 3,01 milhões de toneladas de pluma, segundo relatório de oferta e demanda divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Para o algodão em caroço, a produção foi consolidada em 7,32 milhões de toneladas, alta de 14,32% frente ao ciclo anterior.
De acordo com o instituto, o desempenho foi concretizado por recorde de produtividade, que atingiu 315,12 arrobas por hectare, 1,28% acima do registrado em 2022/23. “Esse cenário foi reflexo, principalmente, do prolongamento das chuvas no estado, que contribuiu para o bom desenvolvimento do algodão de segunda safra”, destacou o documento.
A área cultivada ficou em 1,55 milhão de hectares, crescimento de 5,82% em relação à safra 2023/24. O Imea ressalta, no entanto, que os atuais patamares de preços da pluma, somado com a elevação nos custos de produção, tem desestimulado a atividade da cotonicultura nesse primeiro momento.
Para 2025/26, a projeção é de queda de 5,65% na área plantada, estimada em 1,46 milhão de hectares, o que deve levar a uma produção de 2,62 milhões de toneladas de pluma, 12,95% inferior à de 2024/25.
Fonte: Sara Lane – Safras News