Na última semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou a sua nova estimativa de oferta e demanda da soja. Desta vez, a produção brasileira da oleaginosa para a safra 19/20 foi revisada para 124,00 mi de t, um declínio de 0,40% ante a estimativa de abril.

Além disso, o relatório refletiu a forte demanda internacional pelo produto brasileiro, já que as exportações esperadas para esta safra ficaram estimadas em 84,00 mi de t, alta de 7,01%. Ainda de acordo com o departamento norte-americano, para o próximo ano (safra 20/21), a oferta esperada da soja brasileira ficou ainda maior: serão 131,00 mi de t, e as exportações estimadas em 83,00 mi de t.

A título de comparação, a diferença entre a produção dos dois principais produtores mundiais do grão (EUA e Brasil) será de quase 20,00 mi de t, já que a estimativa da produção 20/21 dos EUA ficou em 112,26 mi de t.

Confira os principais destaques do boletim: 

• Na última semana, o preço da soja disponível no estado de Mato Grosso fechou com uma média de R$ 98,76/sc, registrando alta semanal de 5,82%. Esta elevação está atrelada, principalmente, à valorização do dólar.

• O contrato corrente para a bolsa de Chicago (CME-Group) apresentou alta semanal de 0,58% na média, cotado a US$ 8,44/bu, fundamentada na demanda chinesa.

• Em meio às incertezas políticas e ao avanço no número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, a moeda norte americana fechou a semana com média de R$ 5,88/US$, alta de 3,46%.

• A relação Base MT-CME apresentou alta de 9,84% ante a semana passada, devido à elevação do preço da soja disponível no estado de Mato Grosso

MT na frente:

Com base nos dados divulgados pela Abiove, o volume da soja brasileira esmagada em março foi de 3,57 mi de t, valor que representa um decréscimo de 8,54% em relação a mar/19. Por outro lado, em MT o processamento da oleaginosa foi superior (e recorde) na comparação entre março e abril de 2020 com o mesmo período de 2019.

As justificativas para essa diferença envolvem a quebra de produção na região sul, que possui a segunda maior capacidade de esmagamento do país, além da supersafra de MT, que possui a maior capacidade de processamento do Brasil.

Além disso, dois principais fatores estimularam a industrialização da soja recentemente no estado, como a valorização dos subprodutos (que manteve a margem das indústrias acima da média histórica) e o aumento das exportações de farelo nos últimos meses, que estão sendo beneficiadas pela redução da participação da Argentina (principal exportadora) no mercado mundial.

Fonte: Imea

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