Depois de uma frustração na safra da soja, os cooperados da Integrada estão esperançosos com os altos índices de produtividade do milho segunda safra. O clima, que foi o vilão no verão, agora virou o mocinho no inverno. As chuvas regulares têm proporcionado um bom índice de produtividade.
De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a estimativa de produtividade para esta segunda safra no Paraná é de 5.992 quilos por hectare (kg/ha), índice 38% superior ao registrado na safra passada. A expectativa de produção neste segundo ciclo é de 13,46 milhões de toneladas, contra 9,16 milhões de toneladas referente à safra 2018.
A meta da Integrada para esta segunda safra é receber 20 milhões de sacas de milho. Só as unidades de recebimento da cooperativa na região de Ubiratã já receberam 2 milhões de sacas. Alcir Chiari, gerente de comercialização, afirma que a qualidade e a produtividade do milho dos associados da Integrada estão muito boas.
Somado a este cenário positivo de produção, os preços seguem aquecidos mesmo em plena colheita da safra, que normalmente registra queda. Uma das justificativas é a alta quantidade de chuva neste início de safra nos Estados Unidos, que influencia diretamente nos preços das commodities. Alexandre Mendonça de Barros, sócio da MB Agro, empresa parceira da Integrada, afirma que há três meses a chuva não dá trégua no meio oeste americano.
Alexandre explica que a estimativa é de uma redução de 3% na área e 6% em produtividade nas lavouras estadunidense. Vale lembrar que os Estados Unidos esperavam uma safra recorde de 388 milhões de toneladas. Agora, a estimativa é de 347 milhões de toneladas. “Mesmo assim, eles vão conseguir exportar um volume expressivo”.
O fato dos Estados Unidos estimarem uma produção abaixo do recorde esperado coloca o Brasil numa importante missão, que é exportar 38 milhões de toneladas de uma produção estimada em 70 milhões de toneladas de milho, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo desse desafio é para manter os estoques e os preços do milho equilibrados. “Vai ser um ano desafiador. Demanda existe, mas o problema é logístico”, completa Barros.
Alexandre completa para que o preço continue competitivo, o Brasil precisa exportar. Contudo, Barros se preocupa com a qualidade dos grãos, que podem ser prejudicados pelo excesso de umidade.
Fonte: Portal da Cooperativa Integrada