CONDIÇÕES DE TEMPO E CULTIVO – 14 a 20 de março de 2023

No dia 14 de março (terça-feira), o tempo esteve nublado e houve chuvas ocasionais de moderada intensidade, com o litoral registrando um volume um pouco mais relevante. No dia 15, as chuvas persistiram e aumentaram em intensidade, mas perderam força nos dias 16 e 17. O fim de semana foi de tempo estável, exceto por algumas chuvas localizadas e rápidas. O sol predominou durante a maior parte do tempo, o que se manteve na segunda-feira, dia 20.

Na sequência, destacamos as condições nas diferentes regiões do Paraná, segundo os técnicos dos Núcleos Regionais SEAB/DERAL.

  • NORTE E CENTRO-OESTE

A soja está, em sua maioria, em fase de maturação, porém a colheita está atrasada devido às chuvas. As colheitas foram retomadas com o tempo mais firme, e as produtividades têm superado as expectativas, ainda que a qualidade do produto esteja sendo impactada. Além disso, o preço da soja continua em queda, o que preocupa os produtores. Devido ao atraso na colheita da soja e ao solo encharcado, o plantio da segunda safra de milho está atrasado em comparação com a safra do ano passado. O milho está sendo plantado fora da recomendação, pois o produtor já havia se programado na compra de insumos para essa cultura. Apesar disso, as lavouras vêm se desenvolvendo bem.

Parte dos produtores que planejavam plantar milho deverá optar pelo trigo. A probabilidade disso acontecer aumenta à medida que o atraso da safra de verão se intensifica, com os produtores podendo optar também por aveia, sorgo e/ou mix de cobertura.

NOROESTE

As colheitas estavam interrompidas no início da semana devido ao clima chuvoso, porém foram retomadas logo que o tempo abriu. Para a soja, os trabalhos foram intensificados, pois a maior parte das áreas está em final de ciclo. As produtividades estão melhores nas áreas colhidas atualmente, sendo recorde no Arenito, compensando perdas em alguns municípios específicos.

A colheita de arroz irrigado, mandioca, amendoim e milho também foi retomada logo que as condições climáticas permitiram.

As chuvas também têm prejudicado o plantio do milho segunda safra, que está interrompido devido ao excesso de umidade no solo.

SUL

Atualmente, a região sul enfrenta um cenário agrícola com excesso de chuvas, ultrapassando a capacidade de campo e dificultando as atividades. A colheita da soja está atrasada em comparação com a safra anterior e pode se estender até abril. As áreas plantadas no início apresentam boa produtividade, enquanto as tardias sofrem com as condições climáticas e problemas de doenças, como a ferrugem. Algumas aplicações contra esta doença têm sido perdidas devido às chuvas ocorridas logo após a pulverização.

O milho está sendo colhido com boa produtividade, inclusive acima do esperado, mas com alta umidade dos grãos. Alguns postos de recebimento limitaram o teor de umidade em até 25%. No entanto, os grãos devem vir mais secos com o tempo firme dos últimos dias.

OESTE E SUDOESTE

Na semana anterior, houve chuvas que paralisaram as atividades de campo. Quanto à soja, a maioria das lavouras está pronta para a colheita e as produtividades estão relativamente altas, o que está animando os produtores.

A boa safra tem criado dificuldades no armazenamento, uma vez que muitas unidades atingiram a capacidade máxima, devido à falta de caminhões para escoamento e as restrições de desembarque no porto. Nesse sentido, a colheita mais lenta tem ajudado a desafogar o recebimento. A colheita de milho não apresenta problemas e foi retomada logo que o tempo firmou, apresentando boas produtividades.

Quanto às culturas de segunda safra, houve inicialmente algumas dificuldades relacionadas ao plantio e aos tratos culturais, mas esses obstáculos foram superados logo que o tempo firmou. Essa condição também favoreceu a evolução do plantio de milho e feijão de segunda safra, que iniciaram com ótimas condições de desenvolvimento.

Observa-se uma redução de área no plantio do milho de segunda safra em comparação à safra anterior, devido ao atraso na colheita da soja e à preocupação de alguns produtores com o ataque da cigarrinha. Além da cigarrinha, a incidência de percevejos é alta, mas o controle tem sido feito. A trafegabilidade das estradas é boa, com apenas alguns cascalhamentos pontuais sendo realizados.

Fonte: Departamento de Economia Rural – Deral



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