O milho (Zea mays L) é uma das culturas mais importantes no cenário brasileiro e no mundo. Atualmente existem híbridos de milho com um excelente potencial produtivo, porém apresentam níveis insatisfatórios de resistência a algumas doenças.

Essas doenças afetam folhas, colmos e espigas, sendo as doenças foliares responsáveis por uma redução de até 40% na produção (CASA; REIS, 2003). De acordo com Tomazela (2005) o impacto das doenças na cultura do milho cresce anualmente, em razão do incremento de áreas irrigadas, bem como pela utilização da cultura em milho safrinha, procedimento que favorece a sobrevivência de patógenos na área.

As aplicações de fungicidas foliares tem sido uma alternativa amplamente utilizada e disseminada para o controle das doenças do milho, atuando sobre a manutenção do tecido foliar e garantindo o potencial produtivo da cultura do milho (SILVA; SCHIPANSKI, 2007). No entando, essa aplicação deve ser bem manejada e, de acordo com o híbrido, podem haver diferenças no controle dependendo do estágio fenológico em que é realizada a aplicação.



Em trabalho apresentado e publicado nos anais da 62ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Milho & 45ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Sorgo, os autores Sacon, D; Tonello, E.S.; Netto. A.; Fabbian, N.L. e Milanesi. P.M. avaliaram o desempenho agronômico de seis híbridos de milho, em função da aplicação em três estágios fenológicos (aplicação em V6, V12 e V6 + V12), bem como o retorno econômico das aplicações.


Leia também: Aplicação de fungicidas sobre a produtividade e qualidade de milho


No trabalho, os autores concluíram que a aplicação de fungicidas, independentemente dos estágios fenológicos, proporcionou incremento de produtividade para os híbridos Pionner 30F53, 3456 e 2866. Nos híbridos Pionner 30F53, 3456 e 2866, as aplicações de fungicidas geraram maior retorno econômico, com exceção da aplicação em V6 para o híbrido Pionner 3456.

Os resultados obtidos pelos autores podem ser observados a seguir.

Tabela 1: Produtividade média (kg ha-1 ), peso de mil grãos (PMG), número de fileiras por espiga e número de grãos por fileira dos híbridos DKB 230, Pionner (P.) 30F53, DKB 240, Pionner (P.) 3456, DKB 177 e Pionner (P.) 2866, avaliadas nos anos agrícolas 2016/17.

Fonte: Sacon, D; Tonello, E.S.; Netto. A.; Fabbian, N.L. e Milanesi. P.M. (2017).

Figura 1: Avaliação de retorno financeiro para as aplicações de azoxistrobina (estrubilurina) + tebuconazol (triazol) no estágio V6, V12 e V6 + V12 para os híbridos Pionner 30F53, 3456 e 2866

Fonte: Sacon, D; Tonello, E.S.; Netto. A.; Fabbian, N.L. e Milanesi. P.M. (2017).

O trabalho completo pode ser acessado nos Anais da 62ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Milho & 45ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Sorgo.

Em trabalho realizado pelos autores Tiago Madalosso, Renan Teston e Fernando Favero sobre aplicação de fungicidas para o controle de mancha branca em diferentes estádios de desenvolvimento do milho safrinha, encontrou-se que o controle de mancha branca na cultura do milho safrinha foi influenciado pela época de aplicação. As aplicações no estádio reprodutivo apresentaram melhores respostas de controle que aplicações do estádio vegetativo. O eficiente controle de mancha resultou em maior rendimento de grãos da cultura.

Veja os resultados obtidos pelos autores:

Tabela 2: Rendimento de grãos do milho safrinha em função dos diferentes estádios de aplicação de fungicidas. Cafelândia – PR (safrinha 2017).

Fonte: Tiago Madalosso, Renan Teston e Fernando Favero (2017).

Tabela 3: Análise conjunta do rendimento de grãos de milho em três safrinhas com ensaios semelhantes para avaliação da influência do momento da aplicação de fungicidas sobre o rendimento de grãos de milho da cultura. Cafelândia – PR (safrinhas 2015, 2016 e 2017).

Fonte: Tiago Madalosso, Renan Teston e Fernando Favero (2017).

Disponível em: Anais do XIV SEMINÁRIO NACIONAL DE MILHO SAFRINHA, Cuiabá – MT, Brasil,2017.



Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

1 COMENTÁRIO

  1. Boa tarde, gostaria apenas de saber se os dados de produtividade em kg/há, representados na tabela 1 (um) do artigo, estão com os valores corretos, onde apresentam produtividades em torno de 11.000 a 14.800 kg/há, representando algo em torno de 180 a 250 sc/há, sei que os híbridos avaliados possuem tecnologia e caixa produtiva para produções semelhantes e até superiores as apresentadas, porém não deixa de ser intrigante tais produtividades.
    Parabéns pelo artigo, muito interessante.

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