Na última quinta-feira (13/02), o USDA publicou a projeção do Outlook 2029 para as commodities mundiais. Para o algodão um dos destaques foi a área, que ficou estimada em 5,38 milhões de hectares.

Já para a produção global da fibra, projeta-se um crescimento de aproximadamente 10,80% entre 2020 e 2029 (1,14% ao ano), devido ao aumento da área estimada e às boas perspectivas para a produtividade que por sua vez é reflexo dos investimentos dos produtores em tecnologia ao longo dos anos.

Além disso, o relatório trouxe a projeção de consumo até 2029 de + 27,00% em relação a 2020, sendo que grande parte do crescimento está atrelado à recuperação econômica da China e ao maior consumo dos estoques chineses até 2029.

No entanto, a curto prazo o Departamento reduziu em 12,59% à intenção de área para a safra 20/21 e consequentemente a produção, refletindo em uma menor disponibilidade da fibra no mercado internacional.

Confira os principais destaques do boletim: 

• O preço Imea-MT encerrou a semana com um avanço de 1,60%, devido ao baixo volume de pluma disponível no estado, ficando cotado a R$ 87,38/@.

• Sustentados pela alta do dólar, aliada às cotações da bolsa de Nova York (ICE), os contratos jul/20 e dez/20 avançaram 0,95% e 1,04%, finalizando a um preço médio de ¢US$ 69,36/lp e ¢US$ 69,59/lp, respectivamente.



• O dólar avançou 1,41% em relação à semana passada, refletindo as incertezas nos mercados globais em meio aos números atualizados do coronavírus, aliados à divulgação dos dados da economia brasileira.

• Os subprodutos de algodão matogrossense, caroço, torta e óleo, finalizaram a semana em valorização de 1,62%, 3,99% e 0,04%, cotados a R$ 547,00/t, R$ 593,61/t e R$ 2.491,23/t, respectivamente.

Quase no fim:

Aproximando-se de seu encerramento, a semeadura de algodão mato-grossense finalizou na última sexta-feira (15/02) com 99,95% da área estimada, avançando 1,72 p.p. na semana.

Com isso, os trabalhos a campo ficaram pela primeira vez à frente aos da safra passada em 0,05 p.p. e na média dos últimos cinco anos em 2,07 p.p. No entanto, as principais regiões produtoras do estado, oeste e sudeste, ainda não finalizaram a semeadura, restando menos de 1,00% para o fim dos trabalhos nas lavouras.

Segundo dados da Somar, para os próximos dias é esperado um volume de chuva entre 30mm e 70mm e que a temperatura volte a subir, contribuindo para o ciclo de desenvolvimento do algodoeiro, visto que a cultura exige volumes hídricos e térmicos maiores durante a fase da germinação.

Além disso, os produtores continuam o monitoramento de perto do bicudo-do-algodoeiro com armadilhas e realizando os controles necessários nas áreas mais afetadas.

Fonte: Imea

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