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Diagnóstico de solo auxilia produtor rural a avaliar sistema de produção

O solo é a base da agricultura, é dele que as plantas tiram os micronutrientes para crescerem e se desenvolverem. Por isso, os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolvem várias pesquisas que buscam melhorar estrutura, combater doenças, entre outros. No Famato Embrapa Show, que ocorre em Cuiabá (MT), foram apresentadas informações sobre o tema.

Henrique Debiasi, pesquisador da Embrapa Soja, mostrou aos produtores rurais nesta quinta (23.06) o Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES), método que qualifica a estrutura do solo a partir da avaliação de amostras.

“Podemos interferir na fertilidade física melhorando ou piorando a estrutura do solo, conforme o manejo utilizado. Um solo bom fisicamente tem que prover o máximo da infiltração da água da chuva e ter adequada disponibilidade hídrica. O DRES tenta equilibrar estas questões nas avaliações”, explica Debiasi.

Além disso, o pesquisador explica que o solo ainda precisa prover oxigênio aos processos biológicos, proporcionar condições para crescimento das raízes e, ainda no contexto de produção de grãos, tem que resistir ao estresse.

“Mato Grosso é exemplo disso, muitas vezes é preciso entrar com colheitadeiras pesadas e não tem como esperar o solo úmido secar, então tem que resistir às agressões”.

O DRES tenta equacionar todos os fatores para fazer a análise da estrutura do solo, um dos indicadores da qualidade e auxiliar na avaliação dos sistemas de produção.

“A partir da avaliação visual da estrutura do solo, feita em camadas de 0 a 25 centímetros, atribui-se notas de qualidade estrutural e interpretação destes índices”, informa.

Debiasi afirma que o processo de degradação da estrutura do solo pode ser refletido em custos mais elevados e baixa produtividade.

Manejo de nematoides

Já Júlio Franchini, também pesquisador da Embrapa Soja, apresentou estratégias de manejo do solo para reduzir danos do nematoide Pratylenchus brachyrus.

“Esse nematoide é natural do Brasil e ocorre naturalmente no solo, mas existem estratégias que podem ser aplicadas para reduzir os danos causados na produção”, afirma.

A primeira estratégia citada pelo pesquisador é corrigir a acidez do solo para diminuir a população. Com a produção agrícola, o solo tende a se acidificar, o que torna o ambiente favorável para a multiplicação de nematoides.

“Quando se eleva o PH do solo com calagem diminui a taxa de reprodução. Por outro lado, cria uma situação favorável para a planta, porque aumenta o suprimento de cálcio, magnésio e, assim, tem condição de produzir raízes e tolerar a presença do nematoide”, explica Franchini.

Outra situação para combater altas populações de nematoides Pratylenchus brachyrus é com o manejo cultural.

“Esta espécie de nematóide é polífaga, ou seja, se alimenta de várias espécies vegetais e a única que não consegue se reproduzir são as crotalárias. Por isso, é recomendado utilizar crotalária, fazer correção de acidez e, com isso, o produtor terá um ambiente mais favorável para a produção”, afirma o pesquisador da Embrapa.

O manejo com produtos químicos ou biológicos só são recomendados, segundo Franchini, após corrigidos os problemas anteriores de solo.

“O controle de nematoides, agora de forma geral, têm como estratégia mais importante a resistência genética nas cultivares. Depois vem o manejo cultural e, por último, o químico ou biológico, que tem resposta de zero a 5%”, esclarece.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

Equipe Mais Soja
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