O mercado brasileiro de arroz atualmente se encontra com baixa liquidez e preços pouco alterados. “A oferta limitada do produto, juntamente com a disparada do câmbio, tem mantido os preços sustentados”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira. No acumulado de junho, porém, a queda ainda é substancial.
Conforme o analista, vários fatores estão impedindo um aumento significativo nos preços: a esperada desvalorização no mercado externo no segundo semestre, a tendência de queda na demanda e a possibilidade de intervenção governamental. “A partir de setembro, o mercado internacional tende a ser mais baixista”, lembra.
No campo político, há uma grande expectativa pela divulgação do Plano Safra, prevista para a primeira semana de julho. “Sendo a principal plataforma de crédito agrícola do país, é ansiosamente aguardado pelo setor agropecuário”, relata o consultor.
Os produtores, especialmente aqueles que sofreram perdas severas, esperam recursos substanciais, medidas estruturantes e um seguro rural robusto. “Os produtores de arroz mais afetados, principalmente na Região Central do Rio Grande do Sul, onde predominam pequenas propriedades e houve uma concentração de perdas devido às enchentes, esperam obter linhas de crédito com juros especiais e subsidiados, além de um seguro agrícola viável”, comenta Oliveira.
Essas medidas, segundo o analista, são essenciais para a recuperação e sustentabilidade da produção de arroz na região, evitando um potencial corte de área na próxima temporada.
Em relação aos preços, média da saca de 50 quilos de arroz no estado gaúcho (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) era cotada a R$ 113,28 nesta quinta-feira (27), apresentando um avanço de 0,57% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, ainda há uma queda de 6,39%. Quando comparado ao mesmo período de 2023, o avanço é de 38,72%.
Autor/Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News