O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse hoje, no programa “Bom dia, Ministro”, do Canal Gov, que a distribuição dos recursos do Plano Safra será mais pulverizada para em 2024/25, de modo que eles possam chegar de forma unânime a todos os produtores. Ele afirma que o governo irá trabalhar para não haja riscos de que uma instituição bancária fique sem dinheiro para atender ao produtor, enquanto outra ainda tenha recursos sobrando.
Fávaro ressaltou que há uma grande preocupação do governo com a questão ambiental, de modo que o Plano Safra contemplará aqueles que adotarem práticas sustentáveis com descontos ainda maiores nas taxas de juros, que passaram de 0,5% ao ano na temporada passada e poderão chegar até 1% ao ano no novo plano.
No que tange a questão de logística e armazenagem, Fávaro destacou que é preciso que o Brasil seja eficiente e, nesse sentido, o governo buscou ampliar o volume de recursos ofertados para a construção de armazéns, com o limite por beneficiário ampliado de R$ 50 milhões para até R$ 200 milhões.
Respondendo a questionamentos feitos pela Aprosoja com relação às taxas de juros, consideradas elevadas pela entidade para o Plano Safra, Fávaro salientou que há um ano e meio o governo tem questionado o impacto da taxa Selic, que é desproporcional e que deveria ser mais condizente ao momento em que o Brasil vive hoje. “A taxa Selic a 10,5% ao ano é proibitiva, pois a inflação do Brasil está controlada”, disse. O ministro acrescentou que no ano passado o governo criou uma linha de crédito dolarizada, que traz um hedge natural e que pode ser acessada por produtores, permitindo o acesso com taxas de juros mais baixas, ao redor de 8,5% no mercado internacional, menores que as praticadas no país.
Com relação ao seguro rural, Fávaro disse que os recursos precisam ser ampliados em todo o Brasil por conta da consolidação das mudanças climáticas, e que o apoio ao produtor do Rio Grande do Sul será mantido. “Estamos com o foco total voltado a reconstrução do Rio Grande do Sul. É por isso que todas as dívidas dos produtores que venceram ou estão por vencer foram suspensas até meados de agosto. Também foi criado um fundo garantidor e, a partir dele, serão criadas linhas de crédito aos produtores gaúchos”, explica.
Fávaro destaca que os produtores do Rio Grande do Sul, estado que mais consome recursos do seguro rural, tiveram valores ampliados no Plano Safra. “Não irá faltar dinheiro para repactuar as dívidas dos produtores do Rio Grande do Sul, que contarão com R$ 368,3 milhões no seguro rural, incluindo recursos extraordinários de R$ 210 milhões, 174% a mais que os R$ 134,4 milhões disponibilizados em 2023”, afirma.
No que tange ao arroz, após reunião realizada na noite de ontem com o governo e os representantes dos produtores, foi salientado que há uma oferta suficiente para atender a demanda sem a necessidade de realização de leilões. “Com a garantia da oferta de arroz, haverá um compromisso do governo federal com relação ao preço e a distribuição”, garantiu.
Sobre as carnes, Fávaro destacou que, o governo, por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está a favor de incluir as proteínas animais na cesta básica na regulamentação da reforma tributária. Para o ministro, o governo prima para que a população tenha condições de consumir alimentos saudáveis e de qualidade.
Autor/Fonte: Arno Baasch / Safras News