O mercado brasileiro de soja inicia a semana em busca de direcionamento. De um lado, Chicago mantém o movimento de recuperação. Já o dólar iniciou a semana em baixa. O ritmo dos negócios deve seguir lento.

Os preços oscilaram entre estáveis e mais altos na sexta no mercado físico brasileiro. A alta dos contratos futuros em Chicago foi suficiente para garantir uma tímida recuperação, mas não melhorou o ritmo dos negócios.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 185,00. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 184,00. No Porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 191,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 182,00 para R$ 182,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de de R$ 188,50 para R$ 189,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 170,00 para R$ 172,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 170,00 para R$ 172,00. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 168,00.

Oferta e Demanda 

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 91,5 milhões de toneladas em 2023, acima dos 77,2 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra.

SAFRAS indica esmagamento de 49,5 milhões de toneladas em 2023 e de 47,9 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 3% entre uma temporada e outra. SAFRAS indica importações de 100 mil toneladas para 2023, com queda de 86% sobre 2022.

Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 18%, passando para 154,53 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 144,6 milhões de toneladas, crescendo 13% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 239%, passando de 2,93 milhões para 9,92 milhões de toneladas.

Chicago 

Os contratos da soja com entrega em novembro registram alta de 0,98%, cotados a US$ 13,38 1/2 por bushel.

O mercado estende os ganhos da sexta-feira, alicerçado pelo vizinho trigo, que sobe mais de 2% após ataques de mísseis russos na Ucrânia, conforme a Agência Reuters, que trouxeram ceticismo sobre o acordo para retomada das exportações.

Negativamente, aparece a safra cheia brasileira, que deve gerar exportações elevadas do país, segundo números divulgados por SAFRAS & Mercado, na última sexta-feira.

Prêmios 

O bom desempenho dos contratos futuros em Chicago na sexta e a firmeza dos prêmios asseguraram alta nos preços FOB da soja. A reação dos prêmios, principalmente mais próximos, é resultado da lentidão das vendas no mercado físico.

Os prêmios de exportação da soja estavam em 137 a 150 pontos acima de Chicago no final da sexta no Porto de Paranaguá, para agosto. Para setembro, o prêmio era de 215 a 240 acima. Para fevereiro de 2023, o prêmio estava em 65 a 78 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

O preço FOB exportação (flat price) para agosto em Paranaguá oscilou entre US$ 577,40 e US$ 582,20 por tonelada. No dia anterior, os preços variaram entre US$ 563,30 e US$ 570,80.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,43% a R$ 5,475. O Dollar Index registra baixa de 0,38% a 106,33 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,6%; Tóquio, -0,77%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Londres, +0,22%; Paris, +0,35% e Frankfurt, +0,51%.
  • O petróleo opera em alta. Setembro do WTI em NY: US$ 95,82 o barril (+1,15%).

Fonte: Agência SAFRAS

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