O mercado brasileiro de milho deve manter cotações sustentadas nesta quinta-feira. A alta do dólar frente ao real, atingindo patamares recordes, e as preocupações com perdas nas lavouras de safrinha devem seguir no foco de atenção do mercado. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera com ganhos, acompanhando o desempenho do petróleo.
Chicago
A posição julho opera com alta de 3,25 centavos, ou 1,03%, cotada a US$ 3,17 1/2 por bushel.
O cereal busca suporte na alta do petróleo, que torna o etanol mais competitivo frente à gasolina, bem como no anúncio de vendas robustas de milho norte-americano à China.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 686.000 toneladas de milho para a China. Do total, 371.000 toneladas estão programadas para 2019/20 e o restante para 2020/21.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2019/20, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 774.600 toneladas na semana encerrada em 30 de abril. Representa uma baixa de 43% frente à semana anterior e uma retração de 36% sobre à média das últimas quatro semanas. O México liderou as compras, com 141.000 toneladas.
Para a temporada 2020/21, foram mais 97.500 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 500 mil e 1,650 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Ontem (6), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 3,14 1/4, com baixa de 2,75 centavos, ou 0,86%, em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial registra alta de 1,87% a R$ 5,811. A moeda sobe desde a abertura dos negócios, nas máximas históricas, em reação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem no qual cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual (pp), acima do esperado pelo mercado, além de deixar “porta aberta” para mais cortes na próxima reunião.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -0,23%. Tóquio, +0,28%, sendo a exceção.
- As principais bolsas na Europa sobem. Paris, +1,19%; Frankfurt, +0,89%; Londres, +1,03%.
- O petróleo opera com ganhos. Junho do WTI em NY: US$ 26,08 o barril (+8,71%).
- O Dollar Index registra alta de 0,07%, a 100,17 pontos.
Mercado
O mercado brasileiro de milho registrou preços firmes nesta quarta-feira. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado esteve parado em termos de andamento nos negócios. Há poucas ofertas de modo geral e as atenções estão voltadas para o clima, com notícias de chuvas no dia em áreas produtoras que sofrem com estiagem para a safrinha, e com os riscos de geadas até o final da semana.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 48,00 e R$ 50,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 47,50 e R$ 50,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 45,00/47,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 48,50/50,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 51,00/52,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 46,00/47,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 43,00/44,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 42,00 – R$ 43,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 41,00/43,00 a saca em Rondonópolis.
Fonte: Agência SAFRAS