O tema “análise de solo” é complexo. Tanto que tem perto de uma centena de variantes.

Porém, há uma certeza: a sua importância. Fazer a coleta, enviar ao laboratório e submeter o resultado à avaliação de um especialista são caminhos que não podem ser esquecidos pelo agricultor, independente da cultura escolhida.

Com auxílio do engenheiro agrônomo Oscar Alberto Raabe, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (ABRACAL), listamos 7 procedimentos importantes nesse caminho, seja no campo ou na gestão das culturas.

1 – Os bancos estão de olho

De modo geral, os bancos cobram dos agricultores que a análise de solo seja feita, como forma de acesso a financiamentos. A operação se torna mais segura para todas as partes envolvidas, segundo os bancos.

E hoje, fugir das taxas cobradas pelas instituições financeiras ou ter consciência da capacidade de endividamento se mostram fundamentais não apenas no agronegócio, mas em qualquer ramo de atividade econômica.

2 – De olho no calendário

Recomenda-se que a análise de solo seja feita a cada 2 ou 3 anos. Porém, há registros de caso em que o procedimento anual, acompanhado das medidas determinadas por um técnico no assunto, garante melhores resultados.

Mas quanto tempo antes do plantio devo fazer a análise? Há situações em que 3 meses antes do plantio já está bom.

De posse da opinião do especialista, programe sua agenda. Para quem é digital, o calendário do e-mail do Google, por exemplo, costuma dar alertas na época certa, e de forma gratuita.

3 – Colheita farta

A produtividade das áreas em que há análise, seguida das medidas recomendadas por um técnico ou engenheiro agrônomo, é bem maior.

Fica claro que a busca da rentabilidade do negócio se mostra fundamental, ainda mais para quem, como o agricultor, trabalha com commodities.

4 – Ajuste fino da adubação

O resultado na análise ajuda a determinar não somente a adubação, mas traz consigo um ajuste fino desse procedimento. O adubo passa a ser empregado de forma mais eficaz, na medida em que áreas com maior incidência de nutrientes tendem a receber menores quantidades de fertilizante.

Sempre é bom lembrar que as características econômicas tornam o adubo um produto de alto impacto na planilha de custos do agricultor. E que boa parte dos últimos avanços tecnológicos busca justamente amenizar esse impacto.

5 – De olho na profundidade

Mas qual é a medida que devo adotar para a retirada de amostras? A resposta sempre é seguir a avaliação do técnico ou do agrônomo. Há situações em que a camada de até 20 centímetros já resolve.

Porém, há especialistas avaliando que as mudanças climáticas, entre outros influenciadores, obrigam coletas de 20 a 40 centímetros de profundidade.

6 – De alta tecnologia

Muitos agricultores apostam pesado na tecnologia. Dizem que, sem ela, os custos vão sufocar quem vive apenas do resultado das culturas.

A opinião está correta. O complemento que se faz necessário é que análise de solo representa alta tecnificação. Práticas evolutivas no campo, como a agricultura de precisão, são impulsionadas por uma análise do solo que, muitas vezes, custa perto de R$ 30,00 e que vale por aproximadamente 20 hectares de plantio.

Mas cuidado, há áreas em que são necessárias 20 amostras, além de pedirem uma análise mais completa das características.

7 – Busque ajuda

Chega de conversa ou de ficar buscando solução pronta na internet. Há muito material de orientação interessante, mas o que vale mesmo é a palavra do técnico ou do agrônomo.

Ele dirá, por exemplo, que há fatores regionais que influenciam na compactação do solo. Por exemplo, no Rio Grande do Sul, chuvas intensas e o espaço entre uma cultura e outra geraram muitos sulcos que podem desencadear a erosão.

Em São Paulo, técnicos da Secretaria da Agricultura olham a perspectiva da aplicação do calcário como uma forma de garantir a qualidade de solo, afastando o risco da erosão ou recuperando áreas degradadas.

Aproximadamente 90% dos solos brasileiros são ácidos. Daí a análise ser um assunto que não tem fronteiras regionais.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Abracal

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