Livro esta disponível para download gratuito no portal da Embrapa. Confira o material clicando aqui. São autores da publicação: GODOY, C. V.; SEIXAS, C. D. S.; MEYER, M. C.; SOARES, R. M.
A ferrugem-asiática da soja é, indubitavelmente, o maior desafio fitossanitário à cultura em toda a sua história no Brasil. Desde a sua identificação no País em 2001, um extenso banco de dados foi gerado pela pesquisa acerca do fungo Phakopsora pachyrhizi e de sua relação parasitária com a soja, na busca por medidas de controle. E não tem sido nada fácil combater esse poderoso inimigo, cujo tamanho do genoma se assemelha ao da planta da soja, apresentando uma extraordinária capacidade de adaptação às adversidades e sobreposição às ferramentas de manejo da doença.
Alguns erros e muito acertos foram conquistados ao longo do tempo no combate à ferrugem-asiática. O sucesso do manejo é atribuído à pesquisa e à união de esforços dos produtores, indústria e agentes governamentais de defesa fitossanitária, na implementação das medidas necessárias de combate e na constante atenção à necessidade de mudanças impostas pela adaptação do patógeno.
A Embrapa Soja tem prestado um importante serviço nesse contexto, participando ativamente na realização de pesquisa e no auxílio à definição e implementação das estratégias de controle da ferrugem-asiática. É com grande satisfação que apresentamos esta publicação, que traz um rico compilado dos vários aspectos biológicos de P. pachyrhizi e discute as bases para o manejo da doença no Brasil.
A Embrapa Soja espera, assim, continuar contribuindo para o avanço do conhecimento e geração de tecnologias nessa área, visando sempre promover maior sustentabilidade para toda a cadeia de produção.
Confira os tópicos abordados na publicação:
- Introdução
- Condições de Desenvolvimento
- Estratégias de Manejo
- Vazio sanitário e período de semeadura
- Escape
- Resistência genética
- Controle químico
- Fungicidas para o controle
- Resistência a fungicidas
- IDM – triazóis
- IQe – estrobilurinas
- ISDH – carboxamidas
- Atual situação do controle químico da ferrugem-asiática
- Fungicidas multissítios como estratégia antirresistência.
Condições de Desenvolvimento:
A penetração do fungo P. pachyrhizi ocorre de forma direta na folha através da epiderme. O processo de infecção depende da disponibilidade de água livre na superfície da folha, sendo necessário no mínimo seis horas de molhamento, para que ocorram infecções, com temperatura na faixa ótima (entre 15 ºC e 25 ºC) e mais de oito horas, para valores extremos, como 10 ºC ou 27 ºC (Melching et al., 1989).
A precipitação favorece o desenvolvimento das epidemias (Del Ponte et al., 2006). Embora se tenha evidência de efeito negativo de altas temperaturas (acima de 27 oC) em experimentos em condições controladas (Melching et al., 1989), epidemias severas são relatadas no Brasil em locais onde temperaturas médias nessa magnitude ocorrem na safra, porém associadas com regime de precipitação bem distribuída (Yorinori et al., 2005; Del Ponte et al., 2006).
O período latente, que é o tempo entre o início da infecção e a esporulação, é também afetado pela temperatura, sendo de seis dias à temperatura de 26 °C. Esse período tende a aumentar conforme a temperatura se distancia desse ponto ótimo, em ambas as direções, podendo chegar a 12 ou 16 dias sob temperatura de 15 °C (Alves et al., 2006). Temperaturas acima da faixa favorável à infecção também afetam negativamente a germinação dos esporos e, por consequência, a taxa de desenvolvimento da doença (Kochman, 1979).
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Fonte: Embrapa