A ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma das doenças mais severas que incide na cultura da soja, com danos variando de 10% a 90% nas diversas regiões geográficas onde foi relatada (Yorinori et al., 2005; Hartman et al., 2015). Os sintomas iniciais da doença são pequenas lesões foliares, de coloração castanha a marrom-escura. Na face inferior da folha, pode-se observar urédias que se rompem e liberam os uredósporos. Plantas severamente infectadas apresentam desfolha precoce, que compromete a formação, o enchimento de vagens e o peso final do grão.


Fonte: CIRCULAR TÉCNICA 160, Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos, publicado em julho de 2020. Clique aqui para acessar o documento completo.


As estratégias de manejo recomendadas no Brasil para essa doença incluem: a ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário para redução do inóculo do fungo, a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada como estratégia de escape da doença, a utilização de cultivares com genes de resistência, o monitoramento da lavoura desde o seu início de desenvolvimento, a utilização de fungicidas preventivamente ou no aparecimento dos sintomas e a redução das janelas de semeaduras para reduzir o número de aplicações de fungicidas ao longo da safra e com isso tentar atrasar a seleção de populações do fungo resistentes ou menos sensíveis aos fungicidas (Godoy et al., 2020). A resistência/menor sensibilidade do fungo P. pachyrhizi aos fungicidas do grupo dos inibidores da desmetilação (IDM – triazois), inibidores da quinona externa (IQe – estrobilurinas) e inibidores da succinato desidrogenase (ISDH- carboxamidas) já foi relatada no Brasil (Schmitz et al., 2014; Klosowski et al., 2016; Simões et al., 2018), sendo esses os três principais grupos sítio-específicos que compõem todos os fungicidas registrados em uso para o controle da doença.

Experimentos em rede vêm sendo realizados desde a safra 2003/2004 para a comparação da eficiência de fungicidas registrados e em fase de registro para o controle da ferrugem-asiática. Nesses experimentos, os fungicidas são avaliados individualmente, em aplicações sequenciais, em semeaduras tardias, para determinar a eficiência de controle. Essas informações devem ser utilizadas na determinação de programas de controle, priorizando sempre a rotação de fungicidas com diferentes modos de ação e adequando os programas à época de semeadura. Aplicações sequenciais e de forma curativa devem ser evitadas para diminuir a pressão de seleção de resistência do fungo aos fungicidas.

A adoção do vazio sanitário tem contribuído no atraso da incidência do fungo nas lavouras de soja no Brasil, com os primeiros relatos no site do Consórcio Antiferrugem nos últimos anos nos meses de novembro, dezembro e em alguns estados somente em janeiro, evidenciando o escape da doença para as primeiras semeaduras (Godoy et al., 2020). Por essa razão, os experimentos de ferrugem-asiática são realizados nas semeaduras tardias, a partir de novembro, para garantir a presença da doença, ressaltando que essa não é a situação de muitas lavouras no Brasil que têm apresentado escape da doença ou incidência tardia pela época de semeadura.



O objetivo desta publicação é apresentar os resultados sumarizados dos experimentos cooperativos, realizados na safra 2019/2020, para o controle da ferrugem-asiática da soja.

Materiais e Métodos 

Com o objetivo de avaliar a eficiência dos fungicidas registrados para o controle da ferrugem-asiática da soja, das novas misturas que estão em fase final de avaliação para registro, e de monitorar mudanças de sensibilidade do fungo P. pachyrhizi foram realizados três experimentos nas principais regiões produtoras, na safra 2019/2020, por 23 instituições (Tabela 1).

No primeiro experimento foram analisados os fungicidas registrados (Tabela 2), no segundo os fungicidas em fase de registro comparados a dois fungicidas registrados (Tabela 3) e no terceiro experimento, para monitorar mudanças de sensibilidade do fungo P. pachyrhizi, foram utilizados fungicidas formados por um único ingrediente ativo (Tabela 4).

No experimento com produtos registrados foram avaliados dois programas de tratamentos (T14 e T15, Tabela 2), que incluíram a rotação dos fungicidas em avaliação e a adição de multissítios aos fungicidas com menor eficiência de controle observada nos anos anteriores (Godoy et al., 2019). A rotação de fungicidas e a adição de multissítios é recomendada para atrasar a seleção de resistência.

O delineamento experimental e as avaliações foram definidos com protocolo único, para a realização da sumarização conjunta dos resultados dos ensaios. Os protocolos foram elaborados de forma que permitissem a comparação dos produtos, numa mesma situação. Não foram avaliados o efeito do momento da aplicação e o residual dos diferentes produtos. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com quatro repetições. Cada repetição foi constituída de parcelas com, no mínimo, seis linhas de cinco metros.

As aplicações iniciaram-se 45-50 dias após a emergência, no pré-fechamento das linhas de semeadura. A calendarização não é uma recomendação de controle. Ela é realizada nos experimentos em rede para reduzir as causas de variação.

Os fungicidas avaliados pertencem aos grupos: inibidores da desmetilação (IDM – tebuconazol, ciproconazol, protioconazol, epoxiconazol, difenoconazol e tetraconazol); inibidores da quinona externa (IQe – azoxistrobina, trifloxistrobina, picoxistrobina, metominostrobina e piraclostrobina), inibidores da succinato desidrogenase (ISDH – fluxapiroxade, bixafen, benzovindiflupir, fluindapir e impirfluxam), ditiocarbamato (mancozebe), cloronitrila (clorotalonil) e inorgânico (oxicloreto de cobre). Para os fungicidas registrados (Tabela 2), foram avaliadas misturas de IQe e IDM (T2 a T5), misturas de IDM e cloronitrila (T6), mistura de ISDH e inorgânico (T7), mistura de IQe, IDM e ditiocarbamato (T8), mistura de IQe e ISDH (T9 a T11) e misturas de IDM, IQe e ISDH (T12 e T13). Os novos fungicidas registrados (Tabela 3) são formados por misturas de IDM e ISDH (T4 a T9), mistura de IQe + IDM e ditiocarbamato (T10 e T13), mistura de ISDH e cloronitrila (T11) e mistura de IDM e ditiocarbamato (T12). Os fungicidas utilizados para monitorar mudanças de sensibilidade do fungo P. pachyrhizi são IDM (T2 a T5) e IQe (T6 e T7) (Tabela 4).

No experimento com fungicidas registrados (Tabela 2), os experimentos dos locais 20 a 28 tiveram ausência ou baixa severidade de ferrugem. Dos 19 experimentos com maior severidade de ferrugem, em 15 foram realizadas quatro aplicações e em quatro, três aplicações. O intervalo entre a semeadura e a primeira aplicação foi de 50 dias (± 4 dias), entre a primeira e a segunda aplicação foi de 15 dias (± 1 dia), entre a segunda e a terceira aplicação foi de 14 dias (± 1 dia) e entre a terceira e a quarta aplicação foi de 14 dias (± 1 dia).

No experimento com fungicidas em fase de registro (RET) (Tabela 3) não foram realizados experimentos nos locais 9, 12, 13, 19, 23, 25 a 28 (Tabela 1), sendo realizado um total de 19 experimentos nas diferentes regiões. De forma semelhante ao protocolo de produtos registrados, os experimentos dos locais 20 a 22 e 24 tiveram ausência ou baixa severidade de ferrugem. Dos 15 experimentos, em nove foram realizadas quatro aplicações de fungicidas e em seis, três aplicações. O intervalo entre a semeadura e a primeira aplicação foi de 50 dias (± 4 dias), entre a primeira e a segunda aplicação foi de 15 dias (± 1 dia), entre a segunda e a terceira aplicação foi de 15 dias (± 1 dia) e entre a terceira e a quarta aplicação foi de 13 dias (± 2 dias).

No experimento para monitoramento, com fungicidas com ingrediente ativo único (Tabela 4), não foram realizados experimentos nos locais 16, 23, 25 a 28 (Tabela 1), sendo realizado um total de 22 experimentos nas diferentes regiões. Os experimentos dos locais 20, 21, 22 e 24 tiveram ausência ou baixa severidade de ferrugem. Dos 18 experimentos, em 14 foram realizadas quatro aplicações de fungicidas e em quatro, três aplicações. O intervalo entre a semeadura e a primeira aplicação foi de 51 dias (± 5 dias), entre a primeira e a segunda aplicação foi de 15 dias (± 1 dia), entre a segunda e a terceira aplicação foi de 15 dias (± 1 dia) e entre a terceira e a quarta aplicação foi de 14 dias (± 1 dia).

Para a aplicação dos produtos foi utilizado pulverizador costal pressurizado com CO2 e volume de aplicação mínimo de 120 L/ha. Foram realizadas avaliações da severidade e/ou incidência da ferrugem no momento da aplicação dos produtos; da severidade da ferrugem, periodicamente, após a última aplicação; da severidade de outras doenças; da desfolha quando a testemunha apresentou ao redor de 80% de desfolha e da produtividade (em área mínima de 5 m2 centrais de cada parcela).

Para a análise conjunta, nos experimentos com fungicidas registrados e em fase de registro foram utilizadas as avaliações da severidade da ferrugem, realizadas entre os estádios fenológicos R5 (início de enchimento de grãos) e R6 (vagens com 100% de granação) e da produtividade. No protocolo de monitoramento, foi utilizada somente a severidade.

Foram realizadas análises de variância exploratória para cada local. Além das análises exploratórias individuais, a severidade final, a correlação entre a severidade da ferrugem próximo ao estádio R6, a produtividade e a diferenciação entre os tratamentos nas análises individuais foram utilizadas na seleção dos ensaios que compuseram as análises conjuntas.

Os dados de severidade e produtividade foram analisados inicialmente para cada local, considerando-se os efeitos fixos de tratamento e de bloco. Em cada caso, foram ajustados dois modelos de análise de variâncias, assumindo-se variâncias heterogêneas ou homogêneas entre tratamentos. O modelo com variância comum foi escolhido sempre que o teste da razão das verossimilhanças residuais não foi significativo (p≥0,05). Quando não houve ajuste para o modelo de variâncias heterogêneas ou este não se mostrou apropriado, foi aplicada aos dados a distribuição gama, ao invés da normal.

Buscando identificar relações atípicas entre a severidade da doença e a produtividade, calculou-se as taxas de severidade da doença e de produtividade por meio da razão entre a média do tratamento e a média da testemunha. Não foram verificados grupos de tratamentos ou locais que se destacassem dos demais.

O modelo estatístico da análise conjunta dos dados de produtividade e severidade referentes ao protocolo fungicidas registrados e a severidade referente aos dados de fungicidas em RET, considerou os efeitos fixos de tratamento (T), local (L), TL e de bloco dentro de local [B(L)]. O modelo adotado para a produtividade referente aos dados de fungicidas em RET considerou T e [B(L)] como efeitos fixos, e o efeito TL aleatório. As matrizes de variâncias e covariâncias de ambos os modelos foram modificadas para permitirem variância heterogêneas entre locais, o que resultou em resíduos de Pearson aleatórios, independentes (verificados graficamente) e normalmente distribuídos. Embora os modelos descritos tenham sido os que forneceram os melhores ajustes, a distribuição dos resíduos de Pearson foi normalmente distribuída apenas para os dados de produtividade (Shapiro-Wilk, preg=0,538 e pret=0,4434). As médias foram agrupadas por meio do teste de Tukey (p≤0,05). Todas as análises foram realizadas no sistema SAS/STAT software, Versão 9.4®. Copyright© 2016 SAS Institute Inc., tendo sido usados os procedimentos cluster (no agrupamento exploratório dos locais e tratamentos), sgplot (gráficos) e glimmix (na estimação de modelos e agrupamento de médias).



Resultados e Discussão 

  • Fungicidas Registrados

No momento da primeira aplicação dos produtos, não houve sintomas de ferrugem em nenhum dos experimentos. Além dos experimentos dos locais com baixa severidade de ferrugem-asiática (20 a 28) os experimentos dos locais 11 e 17 não foram incluídos na análise conjunta por apresentarem baixa severidade ou resultados discordantes da maioria dos experimentos e a produtividade dos locais 5, 12 e 13 (Tabela 1) por apresentarem relação não significativa com severidade. Todos os experimentos considerados na análise conjunta estão apresentados de forma individualizada no Anexo I.

Todos os tratamentos apresentaram severidade significativamente inferior à testemunha sem fungicida (T1) (Tabela 5). A porcentagem de controle dos fungicidas registrados variou de 48% a 79%. As menores severidades e maiores porcentagens de controle foram observadas para o Programa 1 com rotação de fungicidas (T14 – 79%) e para os tratamentos com Cronnos (T8 – 76%) e Fox Xpro (T13 – 76%), semelhante à safra 2018/2019 (Godoy et al., 2019), seguido do Programa 2 (T15 – 75%). As menores eficiências de controle foram observadas para os tratamentos com Sphere Max (T3 – 48%), Aproach Prima (T2 – 50%) e Elatus (T9 – 50%) (Tabela 5).

As maiores produtividades foram observadas para os tratamentos com o Programa 1 (T14 – 3.829 kg/ha), Fox Xpro (T13 – 3.739 kg/ha), Programa 2 (T15 – 3.718 kg/ha) e Cronnos (T8 – 3.681 kg/ha), seguido de Fezan Gold (T6 – 3.661 kg/ha), Audax/ Aumenax (T7 – 3.643 kg/ha), Ativum (T12 – 3.600 kg/ha) e Fox (T4 – 3.590 kg/ha) (Tabela 5). A redução de produtividade do tratamento sem fungicida (T1 – 2.941 kg/ ha) em relação ao tratamento com a maior produtividade (T14) foi de 23%, inferior à safra 2018/2019 onde a média de redução de produtividade dos experimentos foi de 39% (Godoy et al., 2019). A menor redução de produtividade na safra 2019/2020 ocorreu em razão da ocorrência tarde de ferrugem-asiática em alguns experimentos. A correlação entre as variáveis severidade e produtividade foi de r=-0,97.

  • Fungicidas em fase de registro (RET)

No momento da primeira aplicação dos produtos, não houve sintomas de ferrugem em nenhum dos experimentos. Além dos experimentos dos locais com baixa severidade de ferrugem-asiática (20 a 22), o experimento do local 14 não foi incluído na análise conjunta por não ter todos os tratamentos e a produtividade dos experimentos dos locais 5, 17 e 18 (Tabela 1) não entrou na análise conjunta por apresentarem relação não significativa com severidade. Todos os experimentos referentes ao protocolo dos fungicidas em fase de registro, considerados na análise conjunta, estão apresentados de forma individualizada no Anexo II.

Todos os tratamentos apresentaram severidade significativamente inferior à testemunha sem fungicida (T1) (Tabela 6). A porcentagem de controle dos produtos em fase de registro variou de 58% a 79%. O fungicida Blavity (T6 – fluxapiroxade + protioconazol) obteve registro durante a execução dos experimentos. As menores severidades e maiores porcentagens de controle foram observadas para os tratamentos com protioconazol + impirfluxam (T4 – 79%) e tebuconazol + impirfluxam + (T5 – 76%), semelhante à safra 2018/2019 (Godoy et al., 2019), seguido do tratamento mancozebe + picoxistrobina + protioconazol (T13 – 75%) e Blavity (T6 – 72%). As menores eficiências de controle foram observadas para os tratamentos com o fungicida registrado Vessarya (T2 – 53%) seguido de fluindapir + tetraconazol (T8 – 58%).

As maiores produtividades foram observadas para os tratamentos com protioconazol + impirfluxam (T4 – 3.584 kg/ha), tebuconazol + impirfluxam (T5 – 3.549 kg/ ha), mancozebe + picoxistrobina + protioconazol (T13 – 3.535 kg/ha), fluindapir + protioconazol (T9 – 3.436 kg/ ha), Blavity (T6 – 3.426 kg/ha), Fox Xpro (T3 – 3.405 kg/ ha) e mancozebe + difenoconazol + protioconazol (T12 – 3.387 kg/ha) (Tabela 6). A redução de produtividade do tratamento sem fungicida (T1 – 2.695 kg/ha) em relação ao tratamento com a maior produtividade (T4) foi de 24,8%. A correlação entre as variáveis severidade e produtividade foi de r=-0,97.

A porcentagem de controle dos produtos registrados utilizados para comparação, Fox Xpro e Vessarya, no experimento com produtos em fase de registro foi menor do que no experimento com produtos registrados. O número de experimentos utilizados na análise em cada protocolo foi diferente, sendo menor no protocolo com produtos em fase de registro.

  • Fungicidas para monitoramento

Fungicidas com ingredientes ativos isolados vêm sendo avaliados desde a safra 2003/2004 (Figura 1). Todos os experimentos foram aplicados sem sintoma de ferrugem-asiática. Além dos experimentos com baixa severidade (locais 20, 21, 22 e 24, Tabela 1), foram eliminados da análise conjunta os experimentos dos locais 12, 13 e 17 pela não diferenciação entre os tratamentos e o experimento do local 15 pela ausência de um tratamento. A porcentagem de controle variou entre os locais para os diferentes ingredientes ativos. Todos os experimentos considerados na análise conjunta para o protocolo de monitoramento estão apresentados de forma individualizada no Anexo III.

A maior porcentagem de controle foi observada para protioconazol (T5 – 53%) seguido de tebuconazol (T2 – 40%) e picoxistrobina (T7 – 39%) (Tabela 7). Ciproconazol, tetraconazol e azoxistrobina foram semelhantes na severidade e na porcentagem de controle, diferenciando da testemunha sem fungicida.

A porcentagem de controle de ciproconazol e azoxistrobina foram semelhantes às safras anteriores (Figura 1). Para tebuconazol, a porcentagem média de controle foi superior a safra 2018/2019. O mesmo padrão foi observado para protioconazol e picoxistrobina (Figura 1).

O protocolo dos ensaios cooperativos determina aplicações sequenciais para comparação dos fungicidas, não sendo uma recomendação de controle. No manejo da doença devem ser seguidas as estratégias antirresistência que incluem não utilizar mais que duas aplicações do mesmo produto em sequência e no máximo duas aplicações de produtos contendo carboxamida por cultivo.

A maioria dos experimentos foi instalada em soja semeada a partir de novembro (Tabela 1) para maior probabilidade do aparecimento da doença em razão da multiplicação do fungo nas primeiras semeaduras. Semear no início da época recomendada é uma das estratégias de manejo da ferrugem para escapar do período de maior quantidade de inóculo do fungo no ambiente. O manejo da ferrugem-asiática deve ser adequado para a época de semeadura. Os fungicidas representam uma das ferramentas de manejo, devendo também serem adotadas as demais estratégias para o controle eficiente da ferrugem-asiática.

Autores:

  • Cláudia V. Godoy, D.Sc., Engenheira-agrônoma, Embrapa Soja, Londrina, PR; Carlos M. Utiamada, Engenheiro-agrônomo, TAGRO, Londrina, PR;
  • Maurício C. Meyer, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Embrapa Soja, Londrina, PR;
  • Hercules D. Campos, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, UniRV, Rio Verde, GO;
  • Ivani de O. Negrão Lopes, D.Sc., Matemática, Embrapa Soja, Londrina, PR;
  • Alfredo R. Dias, M.Sc., Engenheiro-agrônomo, Fundação Chapadão, Chapadão do Sul, MS;
  • Ariel Muhl, Engenheira-agrônoma, Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, Cafelândia, PR;
  • Caroline WespGuterres, D.Sc., Bióloga, Cooperativa Central Gaúcha Ltda., Cruz Alta, RS;
  • Cláudia B. Pimenta, M.Sc., Engenheira-agrônoma, Emater, Goiânia, GO;
  • Edson R. de Andrade Junior, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Instituto Mato-Grossense do Algodão, Cuiabá, MT;
  • Eloir Moresco, Técnico em Agropecuária, 3M Experimentação Agrícola, Ponta Grossa, PR;
  • Fabíola T. Konageski, Engenheira-agrônoma, Rural Técnica Experimentos, Querência, MT;
  • João Carlos Bonani, Engenheiro-agrônomo, Coamo, Campo Mourão, PR; João Mauricio T. Roy, Engenheiro Agrônomo, Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, Cafelândia, PR;
  • José Fernando J. Grigolli, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Fundação MS para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, Maracaju, MS;
  • José Nunes Junior, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Centro Tecnológico para Pesquisas Agropecuárias – CTPA, Goiânia, GO; Josiclea H. Arruda, D.Sc., Engenheira-agrônoma, Fundação Mato Grosso, Rondonópolis, MT;
  • Lucas Navarini, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Pesquisador da Planta conhecimento/ha, Passo Fundo, RS;
  • Luana M. de R. Belufi, M. Sc., Engenheira-agrônoma, Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde, Lucas do Rio Verde, MT;
  • Luís Henrique Carregal P. da Silva, M.Sc., Engenheiro-agrônomo, Agro Carregal Pesquisa e Proteção de Plantas Eireli, Rio Verde, GO;
  • Luiz Nobuo Sato, Engenheiro-agrônomo, TAGRO, Londrina, PR;
  • Marcio M. Goussain Júnior, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Assist Consultoria e Experimentação Agronômica Ltda., Campo Verde, MT;
  • Marina Senger, D.Sc., Engenheira-agrônoma, 3M Experimentação Agrícola, Ponta Grossa, PR;
  • Mônica A. Müller, D.Sc., Engenheira-agrônoma, Fundação Mato Grosso, Rondonópolis, MT;
  • Mônica P. Debortoli, D.Sc., Engenheira-agrônoma, Instituto Phytus, Santa Maria, RS;
  • Mônica C. Martins, D.Sc., Engenheiraagrônoma, Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa, Luís Eduardo Magalhães, BA;
  • Nédio R. Tormen, D.Sc., Engenheiro-agrônomo, Instituto Phytus, Planaltina, DF;
  • Ricardo S. Balardin, Ph.D., Engenheiro-agrônomo, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS;
  • Tiago Madalosso, M.Sc., Engenheiro-agrônomo, Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, Cafelândia, PR;
  • Tiago F. Konageski, Engenheiro-agrônomo, Rural Técnica Experimentos Agronômicos Ltda., Querência, MT;
  • Valtemir J. Carlin, Engenheiro-agrônomo, Agrodinâmica, Tangará da Serra, MT.


Referências 

GODOY, C. V.; SEIXAS, C. D. S.; MEYER, M. C.; SOARES, R. M. Ferrugem-asiática da soja: bases para o manejo da doença e estratégias antirresistência. Londrina: Embrapa Soja, 2020. 39 p. (Embrapa Soja. Documentos, 428).

GODOY, C. V.; UTIAMADA, C. M.; MEYER, M. C.; CAMPOS, H. D.; LOPES, I. de O. N. D., DIAS, A. R.; PIMENTA, C. B.; ANDRADE JUNIOR, E. R.; MORESCO JUNIOR, E.; SIQUERI, F. V.; JULIATTI, F. C; JULIATTI, F. C.; FAVARO, F.; ARAUJO, I. P.; CHAVES, I. C. P. V.; ROY, J. M. T.; GRIGOLLI, J. F. J.; NAVARINI, L.; SENGER, M.; BELUFI, L.M.DE R.; SILVA, L. H. C. P.; SATO, L. N.; GOUSSAIN, M.; DEBORTOLI, M. P.; MARTINS, M. C.; TORMEN, N. R.; BALARDIN, R. S.; MADALOSSO, T.; CARLIN, V. J.; VENANCIO, W. S. Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2018/19: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos. Londrina, PR: Embrapa, 2019. 10 p. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 148).

HARTMAN, G. L.; SIKORA, E. J.; RUPE, J. C. Rust. In: HARTMAN, G. L.; RUPE, J. C.; SIKORA, E. J.; DOMIER, L. L.; DAVIS, J. A.; STEFFEY, K. L. (Ed.). Compendium of soybean diseases and pests. 5th ed. Saint Paul: APS Press, 2015. p. 56-59.

KLOSOWSKI, A. C.; MAY DE MIO, L. L.; MIESSNER, S.; RODRIGUES, R.; STAMMLER, G. Detection of the F129L mutation in the cytochrome b gene in Phakopsora pachyrhizi. Pest Management Science, v. 72, p. 1211– 1215, 2016.

SCHMITZ, H. K.; MEDEIROS, A. C.; CRAIG, I. R.; STAMMLER, G. Sensitivity of Phakopsora pachyrhizi towards quinone-outside-inhibitors and demethylationinhibitors, and corresponding resistance mechanisms. Pest Management Science, v. 7, p. 378-388, 2014.

SIMÕES, K.; HAWLIK, A.; REHFUS, A.; GAVA, F.; STAMMLER, G. First detection of a SDH variant with reduced SDHI sensitivity in Phakopsora pachyrhizi. Journal of Plant Diseases and Protection, v. 125, p. 21-26, 2018.

YORINORI, J. T.; PAIVA, W. M.; FREDERICK, R. D.; COSTAMILAN, L. M.; BERTAGNOLLI, P. F.; HARTMAN, G. L.; GODOY, C. V.; NUNES JUNIOR, J. Epidemics of soybean rust (Phakopsora pachyrhizi) in Brazil and Paraguay. Plant Disease, v. 89, p. 675-677, 2005.

ANEXO I: Dados de cada local utilizados na sumarização do protocolo dos FUNGICIDAS REGISTRADOS (Tabela 2). TRAT (Tratamentos -Tabela 2), SEV (severidade entre R5 e R6), PROD (produtividade) e EP (erro padrão da média).

ANEXO II: Dados de cada local utilizados na sumarização do protocolo dos FUNGICIDAS EM FASE DE REGISTRO (RET) (Tabela 3). TRAT (Tratamentos -Tabela 2), SEV (severidade entre R5 e R6), PROD (produtividade) e EP (erro padrão da média).

ANEXO III: Dados de cada local utilizados na sumarização do protocolo dos FUNGICIDAS PARA MONITORAMENTO (Tabela 4). TRAT (Tratamentos -Tabela 2), SEV (severidade entre R5 e R6) e porcentagem de controle (%C) em relação a testemunha e EP (erro padrão da média).

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