Em abr/24, as exportações da soja brasileira alcançaram 14,70 mi de t, alta de 16,38% em relação ao mês anterior e 2,53% no comparativo com abr/23. Analisando o acumulado de jan/24 a abr/24, o escoamento da oleaginosa nacional atingiu recorde de 36,79 mi de t, aumento de 10,04% ante o mesmo período do ano passado. Para MT o cenário foi diferente, as exportações alcançaram 3,84 mi de t, recuo de 17,87% ante mar/24 e de 16,38% perante a abr/23.
Ainda, no total enviado de 2024, o acumulado alcançou 12,00 mi de t, o que representa quase 1,00 mi de t a menos em relação ao mesmo período de 2023. Por fim, o cenário de diminuição dos escoamentos é reflexo da menor produção de soja (6,27 mi de t) em relação à safra 22/23 e dos preços menos atrativos. Prova disso é o valor médio por tonelada exportada de jan/24 a abr/24, que fechou em US$ 433,61/t, recuo de 21,62% no comparativo com o mesmo período.
DÓLAR CORRENTE: a cotação do dólar apresentou alta de 0,38% quando comparado com a semana passada, fechando a R$ 5,14/US$.
BASE MT-CME: o diferencial de base exibiu alta de 9,37% ante a semana anterior, e fechou na média de -R$ 24,57/sc.
CME-GROUP: com a queda de 0,92% no comparativo semanal, o preço da soja na bolsa de Chicago para o contrato corrente fechou em US$ 12,18/bu.
Em abr/24, o Custo Operacional Efetivo (COE) para a safra 24/25 exibiu queda de 1,23% ante mar/24
Segundo o Acapa-MT, o COE em MT ficou estimado em R$ 5.558,59/ha, com a redução mensal puxada, principalmente, pelo recuo de 2,79% nas despesas com defensivos e macronutrientes de 2,15%, no comparativo. Apesar do COE ser 1,33% menor que na safra passada, a preocupação para o ciclo 24/25 ainda é grande, devido aos preços baixos e à incerteza do rendimento para a temporada.
Desse modo, analisando os pontos de equilíbrio em reais por saca e saca por hectare, nota-se que até o momento, a margem do produtor modal está apertada. Sendo assim, para que o sojicultor cubra os custos é necessário que negocie a sua soja a pelo menos R$ 95,89/sc ou alcance produtividade mínima de 55,71 sc/ha na safra.
Por fim, vale ressaltar que, até o momento, a safra no estado é desafiadora e o produtor deverá se atentar às oportunidades do mercado para poder minimizar os riscos na temporada 24/25.
Fonte: IMEA
