A colheita da soja para a safra 2024/25 em Mato Grosso alcançou 0,70% dos 12,66 milhões de hectares estimados para a temporada. Os trabalhos a campo apresentaram um atraso de 5,76 p.p. em comparação com a safra 2023/24 e estão 1,69 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos.
O início da colheita no estado tem sido marcado por um ritmo lento nos trabalhos nas lavouras, devido ao atraso inicial na semeadura, provocado pelo clima seco até o início de outubro. Além disso, períodos prolongados de nebulosidade no estado têm contribuído para o prolongamento do ciclo da soja, influenciando o andamento da colheita. Em relação às regiões, as mais adiantadas são a Médio-Norte, Norte e Oeste, com 1,16%, 0,70% e 0,64% das áreas colhidas, respectivamente.
Por fim, os produtores permanecem atentos a algumas preocupações, como os volumes significativos de chuva durante a colheita da oleaginosa, visto que esse cenário pode impactar negativamente a produção.
ALTA: o preço da soja em Chicago registrou um aumento de 0,55% em relação à semana anterior, devido às condições climáticas na Argentina.
QUEDA: a moeda norte-americana apresentou desvalorização semanal de 1,40%, fechando com uma média de R$ 6,10/US$.
BAIXA: a paridade para o contrato de março/25 registrou uma redução de 1,70% em relação à semana passada, impulsionada pela baixa do dólar.
Em dez/24, a comercialização da soja para a safra 2023/24 em MT alcançou 99,73% da produção, avanço de 0,50 p.p, no comparativo com nov/24
O percentual é 1,72 p.p. à frente do observado no mesmo período da safra passada e 0,78 p.p. acima da média dos últimos anos, reflexo da quebra de produção na temporada, o que limitou a disponibilidade nesse período.
Em relação aos preços, houve um recuo de 3,12% em relação a nov/24, fechando na média de R$ 134,98/sc. Para a safra 2024/25, as vendas de soja alcançaram 45,20% da produção estimada em dez/24, avanço de 4,11 p.p. em relação a nov/24. Com as lavouras do estado na maior parte apresentando boas condições até o momento, os produtores voltaram a negociar grandes volumes.
Por outro lado, os preços ofertados no mês registraram oscilações, com queda na cotação da soja na CME Group, pelo prêmio portuário pressionado e pela alta do dólar, que foi pouco efetiva para sustentar o valor da soja. Assim, o preço médio negociado no mês encerrou em R$ 111,23 por saca, uma redução de 0,40% ante ao mês anterior.
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Fonte: Imea